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Eleições 2022: Oposição avalia nome de Carla Dickson para o governo do Estado



Mulher, evangélica, médica, inteligente, de bom trato e da base do presidente Jair Bolsonaro. Com todos esses predicados, a deputada federal Carla Dickson (atualmente no PROS, mas que deverá fazer nova opção partidária, para um partido da base de Bolsonaro), vem tendo o nome analisado por segmentos da oposição estadual como candidata ao governo do Estado. Perguntada sobre a possibilidade, a deputada Carla Dickson disse que recebeu com surpresa a informação, mas que, se acontecer do nome dela sair candidata ao governo, teria de haver antes uma discussão partidária e que o projeto dela atualmente é trabalhar para se reeleger deputada federal. “Gostaria de agradecer a citação ao meu nome e atribuo isso ao reconhecimento do nosso trabalho, mas, até agora, tal projeto nunca passou por meus planos”, afirmou. “Estou aprendendo muito e ainda tenho muito o que aprender para poder pensar em governar um Estado grandioso como é o Rio Grande do Norte”, disse, com a necessária dose de humildade. Porém, ex-colegas de Carla na Câmara de Vereadores de Natal, onde a política iniciou sua carreira, como o ex-presidente Raniere Barbosa (Avante), consideram Carla como “um bom nome” para disputar o governo, sim. Na semana passada, nesse mesmo espaço, Raniere criticava a ausência de nomes aptos a disputarem o governo, fazendo com que a situação pré-eleitoral da atual governadora seja até certo ponto confortável, desse ponto de vista. “Carla é um bom nome para o governo do Estado, por agregar todos esses valores. A única ressalva que faço é que ela ainda não tem experiência administrativa à frente do executivo”, diz Raniere, que foi citado por Carla no ano passado durante pronunciamento na Câmara dos Deputados, quando da posse dela na vaga do deputado federal Fábio Faria, de quem ela é a primeira suplente. “Me senti até emocionado ao vê-la reconhecer publicamente a importância que tivemos para ela no início da carreira dela quando fui presidente da Câmara Municipal de Natal”. Com gestos como esse, Carla faz política agregadora. “Quem deixaria de votar numa política com o perfil de Carla?”, diz uma vereadora de Natal, que prefere por ora ficar no anonimato, ao ser abordada sobre a possibilidade de Carla vir a ser candidata ao governo. PRESENÇA A deputada federal Carla Dickson é uma das poucas políticas do RN votadas em todos os 167 municípios do Estado. Na eleição passada para deputada federal, somou 62 mil votos, ficando exatamente na primeira suplência. Além de admiradores em todas as cidades, ela foi extremamente bem votada em regiões como Alto Oeste, com destaque para a cidade de Mossoró, e Costa Branca, especialmente Areia Branca. “Não houve uma cidade sequer que ela não tenha tido votos, o que é um feito e tanto”, diz a vereadora. Em se tratando de eleição majoritária, o fato de ser associado umbilicalmente ao segmento evangélico, como Carla o é, dá uma capilaridade absurda para qualquer político num estado como o Rio Grande do Norte. “É o mesmo que ter um comitê eleitoral em cada município do Rio Grande do Norte. Nem todos os partidos estão presentes em todos os municípios”, acrescenta essa fonte. ENVERGADURA Na ausência de nomes competitivos para despontarem como candidatos viáveis de oposição ao governo Fátima Bezerra, o nome de Carla Dickson tem ganhado envergadura não apenas pelos predicados citados no início desta matéria, mas também pelo bom relacionamento e trânsito dela em todas as esferas políticas. Amiga e aliada de lideranças como os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Fábio Faria (Comunicações), assim como do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), Carla contaria com a simpatia dos três para este projeto, caso decida encará-lo. Aliás, os três nomes (Rogério, Fabio e Álvaro) são considerados os mais fortes como pré-candidatos ao governo, mas todos eles, sem exceção, descartam a possibilidade. Rogério Marinho e Fábio preferem disputar o Senado e sonham em ter uma candidata competitiva como Carla como companheira de chapa. Álvaro, visto como o nome de maior potencial eleitoral até então, descarta complemente disputar o governo, tendo em vista que teria de renunciar à prefeitura antes do término do seu atual mandato, conquistado nas urnas ainda no ano passado. “Assim, os três podem perfeitamente apoiar o nome de Carla, que largaria com este forte apoio”, acrescenta uma fonte que transita bem no cenário político de alto coturno do RN. Agora o fator mais importante em nome dessa pré-candidatura, que nasce com cheiro de realidade: o maior interessado numa eventual candidatura de Carla seria o presidente da República Jair Bolsonaro. Ao tomar posse como deputada federal, Carla imediatamente assumiu uma das vice-lideranças do governo Bolsonaro na Câmara, passando a ter trânsito livre no Palácio do Planalto. Ao participar da bancada evangélica, a parlamentar cresceu ainda mais aos olhos do presidente, que a vê como uma legítima representante de sua base política no Congresso Nacional. O fato do marido de Carla, deputado estadual Albert Dickson, ser entusiasta do pensamento bolsonarista, em relação ao tratamento da Covid, termina reforçando ainda mais esse vínculo. OPÇÃO PARTIDÁRIA Filiada atualmente ao PROS, comandado no RN pela senadora Zenaide Maia, já não é segredo nos bastidores da política que Carla e Albert farão em breve nova opção partidária. O casal conversa com partidos como o MDB e o Republicanos, do deputado federal Benes Leocádio, que chegou a ser cogitado como candidato ao governo, mas que não teria tanto interesse no projeto. Integrante da base bolsonarista, o Republicanos poderia abrigar a candidatura de Carla ao governo. Quem ouviu Benes Leocádio acerca da possibilidade percebeu que ele não descarta a ideia.
 
Agora RN

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