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Após mais de 135 mil mortes, Bolsonaro diz a evangélicos que “Brasil foi o que melhor se saiu” na crise




Após mais de 135 mil mortes em decorrência da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste sábado (19) que Brasil é o país que teve o melhor desempenho no combate aos efeitos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus.

Ao discursar para uma plateia de evangélicos, em evento da igreja Assembleia de Deus em Brasília, Bolsonaro declarou que foi obrigado a tomar decisões importantes, mesmo “sendo tolhido pelo Poder Judiciário”.

Bolsonaro participou nesta manhã da Assembleia Geral Extraordinária da Convenção Evangélica das Assembleias de Deus do Distrito Federal e do Entorno, falando a grande plateia de evangélicos.

“Passamos uma grande provação. Ou melhor, estamos no final dela. Na parte econômica, o Brasil foi o que melhor se saiu. Quis o destino também que na área de saúde, aos poucos, ao se deixar de politizar a única alternativa que nós tínhamos, começou a se salvar mais vidas”, disse Bolsonaro.

O presidente também afirmou que foi obrigado a tomar decisões que contrariavam os interesses de pessoas poderosas, mas disse que sempre esteve interessado no melhor para os brasileiros. Segundo ele, o país voltará à normalidade ainda em 2020.

“Eu tive que tomar decisões, mesmo sendo tolhido pelo Poder Judiciário. Se, naquele momento, a chacota se fez presente, hoje vemos que estamos no caminho certo. Se Deus quiser, voltaremos à normalidade ainda no corrente ano. O meu trabalho, como chefe de Estado, é produzir o bem-estar e a felicidade para os seus”, declarou.





“Se naquela época [início da pandemia] até mesmo a chacota se fez presente, hoje, graças a Deus, estamos vendo que estávamos no caminho certo. Se Deus quiser, voltaremos à normalidade ainda no corrente ano”, disse durante evento da igreja Assembleia de Deus, em Brasília.

Bolsonaro também fez um aceno aos eleitores conservadores e afirmou que o Brasil foi tomado por pessoas que querem destruir o ideal de família.

“Aqui, nesse recinto, se prega diuturnamente a importância da família para todos nós. A família quase deixou de existir há poucos anos. O Brasil foi tomado pelo politicamente correto, onde tudo se podia desde que não se criticasse aqueles que queriam destruir a família”, afirmou.

A catedral em que ocorreu o evento tem capacidade para cerca de 4 mil pessoas, mas devido a pandemia o público foi restrito a mil pessoas, um quarto do potencial máximo.

Segundo a organização, cerca de 850 efetivamente compareceram, promovendo aglomeração, algo que ataca diretamente uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) contra a disseminação do vírus.

Nesta sexta-feira (18), em evento em Sorriso (MT), Bolsonaro havia voltado a minimizar a Covid-19. Ele parabenizou os produtores agrícolas que “não entraram na conversinha mole de ficar em casa” na pandemia.

“Vocês não pararam durante a pandemia. Vocês não entraram na conversinha mole de ‘fica em casa’. Isso é para os fracos”, disse a uma plateia de produtores rurais e apoiadores em Sorriso, no norte do estado.

Neste sábado, defendeu seus posicionamentos no enfrentamento da pandemia no evento religioso.

​”Tem uma passagem militar que vale para todos nós. Pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Por vezes, os senhores tomam decisões reservadamente. Eu tive de tomar decisões mesmo sendo tolhido pelo Poder Judiciário”, disse o presidente.

Bolsonaro tem criticado reiteradamente decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) que autorizou que municípios e estados têm competência concorrente com a União para estabelecer medidas de combate à Covid-19. O STF não impediu o presidente, porém, de tomar decisões.

A visita do presidente ao evento dos evangélicos ocorre na semana em que ele vetou o perdão a dívidas tributárias das igrejas. O montante do benefício chega a cerca de R$ 1 bilhão.

Em publicação nas redes sociais, Bolsonaro sugeriu, no entanto, que os congressistas derrubem seu próprio veto. O presidente explicou que só não manteve o dispositivo para evitar “um quase certo processo de impeachment”.

Números da covid-19

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil é o segundo país com maior registro de mortes por causa da covid-19 no mundo, atrás apenas do Estados Unidos (que soma mais de 196 mil óbitos). Embora haja defasagem de até dois dias nos números da OMS, eles são usados como parâmetro durante a pandemia.

Até esta sexta-feira, o Brasil tinha 4.495.183 casos confirmados e 135.793 mortes .

Fonte: UOL, Folha de S. Paulo e Último Segundo

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