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Doria após Bolsonaro decidir que igrejas são essenciais: “Prefiro não comentar”



O governador de São Paulo, João Doria, comentou sobre um tema que dividiu opiniões não apenas no meio político, mas também no religioso. Se trata da decisão de poder abrir ou não as igrejas durante o momento de pandemia global em decorrência do novo coronavírus.

Esta semana o presidente Jair Bolsonaro incluiu as igrejas na lista de atividades essenciais para o país, com a publicação do Decreto nº 10.292/2020 publicado no último dia 26 no Diário Oficial da União, classificando como necessárias as “atividades religiosas de qualquer natureza, obedecidas as determinações do Ministério da Saúde”.

João Doria, por outro lado, deu a entender que não concorda com a medida, uma vez que na sua opinião a população deve se manter em isolamento em função do coronavírus, diferente do que pensa o presidente Jair Bolsonaro, que defende a quarentena apenas de parte da população.

“Tenho certeza que aqueles que são dirigentes de igrejas, de todas as manifestações têm bom senso, equilíbrio e capacidade de compreender a gravidade das situações”, afirmou Doria, destacando a possibilidade de que os líderes religiosos realizem cerimonias apenas por meios digitais.

“Uma boa parte das igrejas já começaram com as formas não presenciais, permitindo que milhares, para não dizer milhões de fiéis, possam seguir processando a sua fé sem a super aglomeração”, completou o governador.

Em seguida, mesmo sem fazer uma crítica direta ao presidente da República, Doria apelou para que a população religiosa não adote as medidas de quarentena vertical, como deseja o governo federal e já vem sendo estudado, também, pelo Ministério da Saúde.

“Prefiro não comentar neste momento sobre essa decisão do presidente, mas faço um apelo como cidadão e governador que os dirigentes de igrejas compreendam a dimensão da gravidade sobretudo aqui no Estado de São Paulo e possam fazer os seus encontros virtualmente”, afirmou o governador, segundo O Tempo.

Para Bolsonaro, a responsabilidade por decidir a conveniência das celebrações religiosas cabe aos líderes de cada igreja ou religião. O presidente acredita na utilização do bom senso das pessoas como alternativa ao modelo de isolamento forçado.

“Lógico que o pastor vai saber conduzir o seu culto, ele vai ter consciência, pastor ou padre, se a igreja está muito cheia, falar alguma coisa. Ele vai decidir, até porque a garantia de culto, a proteção ao ambiente de culto, é garantida pela Constituição. Não pode o prefeito e o governador achar que não vai mais ter culto, não vai ter mais missa”, afirmou o presidente ao comentar o assunto, segundo a Exame.

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