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“Mais do que sabedoria, Deus deu resistência e coragem”, diz Bolsonaro sobre presidência



O compromisso de mudar a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém está mantido pelo presidente Jair Bolsonaro, que vem aproveitando as viagens diplomáticas ao exterior para costurar a transição sem gerar atritos com as nações árabes.

A revelação do presidente da República foi feita ao pastor Silas Malafaia, numa entrevista gravada em dezembro de 2019 e só veiculada no início de fevereiro. Na conversa, o mandatário também falou sobre os desafios do cargo.


“Temos que enfrentar os desafios. Sabia que não ia ser fácil, mas graças a Deus, tudo bem […] Ou a gente mudava o Brasil, ou continuava na sua descendência (sic). Não tinha alternativa. Agora, você tem que tomar essas medidas com muito tato para não acharem que você está afrontando um outro Poder”, afirmou, referindo-se às ações para recuperar o estrago na administração pública.

O presidente não se furtou a um desabafo: “A imprensa toda contra a gente, dizendo que não ia ter governabilidade […] Fechamos as torneiras da mídia, também. […] Não é fácil, Malafaia, você segurar uma onda dessa. Pessoal atira em cima de você. Falam tanto em fake news… mentira para baixo, para cima, para o lado. Mas graças a Deus, mais do que sabedoria, deu também a resistência e a coragem para decidir”


O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), um dos principais entusiastas da mudança da embaixada para Jerusalém, questionou sobre as tratativas para a concretização do compromisso assumido na campanha presidencial de 2018.

Bolsonaro afirmou que “não sabia dos problemas” quando se comprometeu, mas indicou que não voltou atrás em seu compromisso: “Você sabe que eu tenho viajado o mundo […] Nós temos conversado com lideranças de países vizinhos [a Israel], falando que é uma questão interna nossa, não é para afrontá-los”, explicou.

“Demos um grande passo. O Eduardo Bolsonaro, com Benjamin Netanyahu, bem como o nosso almirante, presidente da Apex, inauguramos o escritório lá em Jerusalém. É lógico que foi dado mais um passo. E todas essas conversas foram no reservado. Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos e outros”, acrescentou o presidente.

A postura brasileira para concretizar uma iniciativa dessa magnitude precisa ser ainda mais cautelosa que a adotada pelos Estados Unidos, que mesmo sendo uma potência econômica, militar e diplomática, fez a transição ao longo de nove meses. Diante disso, a costura de entendimentos segue sendo feita de maneira cautelosa, de acordo com Bolsonaro.
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“Só teve uma [autoridade] que ficou meio assim, mas deu o sinal verde. Os outros chefes de Estado todos disseram ‘é uma questão interna do Brasil’, então estamos caminhando para isso. Não vou dizer 2020, mas no máximo 2021, se Deus quiser, vai nascer sem atritos”, reiterou.

Um dos entraves apontados pela grande mídia seria a questão das exportações de agricultura e pecuária, já que o Brasil é um dos principais fornecedores de carne halal para os países árabes – produzida conforme os preceitos islâmicos – além de açúcar e milho. “Falam muito da questão comercial. O comércio, hoje em dia, não tem ideologia. Você vai deixar de comprar do Brasil por uma questão dessa, vai comprar de outro país, vai aumentar o preço para o lado de lá. E nós não estamos afrontando, estamos conversando. É o convencimento”, contrapôs o presidente.

“Pode ter certeza que você será o primeiro a saber, será convidado para esse ato, e se Deus quiser não vai demorar a acontecer”, finalizou Bolsonaro. Confira a entrevista:

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