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Á Descoberta das Fontes Termais no Deserto por Aná. Gn.36:24 - Por Marlon Araújo



A leitura da Bíblia enriquece o leitor com informações e interrogações, e quando nos exercitamos à apreciação das suas letras, certas questões põem nossa mente em curiosa inquirição, ainda mais se nos deparamos com pequenos detalhes de uma grande narrativa bíblica. Uma pequenina nota que numa olhadela passamos por cima sem dar uma devida atenção, pode conter um grande ensinamento para a uma vida simples e comum.

O que se sabe a respeito de Aná é que ele era heveu (descendentes de Canaã filho de Cão), não era o primogênito, tornou-se um dos príncipes (chefes tribais) dos horeus (habitantes das cavernas) em Seir, era filho de Zibeão e pai de Oolibama, portanto sogro de Esaú (o irmão de Jacó) (Gênesis 10: 6, 15, 17; 36: 2,20-21,24 e 29). No seu nome e na sua vida não se constata nenhum feito heróico nos anais do Antigo Testamento e o que se sabe do seu povo (heveus) é que eles não praticavam a circuncisão (Gênesis 34: 2 e 14). O nome Aná significa: “Que ouve, que concede”. Crê-se que o verso 34 do capítulo 26 de Gênesis é uma referência ao mesmo Aná, mas ali ele é chamado pelo nome de “Beeri”, cujo significado é “Meu poço”. Se assim for, toda a vida de Aná teve uma reviravolta a partir do dia que ele encontrou as caldas no deserto. Nos tempos bíblicos os acontecimentos importantes na terra podiam causar a mudança do nome do lugar ou da pessoa que se achavam envolvidos no fato, portanto o nome de Aná pode ter sido mudado para Beeri, quando este achou a fonte termal. É interessante notar que até a sua filha tem seu nome mudado de Oolibama (“minha tenda em lugar alto”) para Judite que quer dizer: “louvada”.
Aná não era ainda homem feito quando encontrou no deserto o bem que mudaria a sua vida, pois está escrito que ele apascentava os jumentos de seu pai, isto quer dizer que ele trabalhava para Zibeão, ou seja, Aná não tinha ainda a sua própria casa, não era um chefe tribal e talvez nem tivesse esposa e filhos. Podemos notar que após o “episódio das fontes”, ele tornou-se tão importante para os heveus que o seu nome é citado ao lado do nome de seu pai como um dos príncipes de Seir (Gênesis 36: 20 e 29).
O ensino que posso assimilar aqui é que alguns fatos da vida cotidiana se não forem desprezados, podem fazer com que pequenos tornem-se grandes. Aná não ficou famoso pela força ou pela sabedoria; ele não construiu cidades nem edificou monumentos, mas o deserto reservou-lhe um prêmio pela simplicidade de sua vida e trabalho, uma dádiva que, creio eu, beneficiou não somente ele, mas todo o seu povo.
Aná pode ser um exemplo dos que trabalham dia a dia sem almejar nada além daquilo que se pode carregar, pois o próprio peso desta vida já é uma carga suficiente e a fonte do deserto permanecerá no deserto, mas produzirá grandes mudanças naquele que a encontrar.

Então pare de Reclamar desse Deserto, porque um dia você encontrará nesse seu Deserto uma Fonte Termal para saciar a sua sede; e das pessoas mais Sedentas pelas águas Vivas que Produzirá Vida e Vida em abundante.

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