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É Tempo de Restauração! - Por Filipe Brito





Muito ouvimos sobre a história do Vale de ossos secos, e é como se o Livro do profeta Ezequiel se resumisse a essa história. Contudo, o livro do profeta mostra uma sequência de narrativas em que Deus interage com o seu povo mostrando seu juízo e, também, a sua misericórdia.
Ezequiel era de família sacerdotal, filho de Buzi, o sacerdote (Ez 1.3). Ele mesmo foi um. Os sacerdotes iniciavam seu serviço no templo aos trinta anos (Nm 4.3). Mas, no ano em que Ezequiel completou a idade mínima para o ofício ele se encontrava no cativeiro babilônico (Ez 1.1), cerca de 1100 km do templo de Jerusalém. O profeta viveu entre os exilados, sua profecia foi formulada em meio às pessoas deportadas para as terras estranhas da Babilônia. E é nesse contexto, tão conturbado, que o Senhor chama o profeta para profetizar para o seu povo.
O livro de Ezequiel pode ser dividido em três partes, a saber: profecias contra Jerusalém (cap. 1 ao 24), profecias contra as nações (cap. 25 a 32) e restauração de Jerusalém (cap. 33 ao 48). E sobre essa última parte que gostaria de trazer uma pequena reflexão.
A situação do povo de Deus estava em um nível catastrófico. Não bastasse o desvio espiritual da nação, agora estava refém de uma nação pagã. Nessa perspectiva, a esperança dos exilados ia se esvaindo dia após dia, era como se não houvesse mais uma solução para todos os problemas.
Permita-me abrir um parêntese. Talvez você, que está lendo esse simples texto, esteja numa situação parecida: sem esperança, achando que o fim é apenas uma questão de tempo e que nada mais dará certo. Eu tenho uma palavra de Deus ao seu coração: é chegado um tempo de restauração para a tua vida e para a tua alma, por que você é o povo escolhido do Senhor. (Ez 37.12-13; 1 Pe 2.9).
Nesse contexto, Deus leva o profeta a um vale de ossos sequíssimos (Ez 37.1-2) e o faz andar em volta deles. Que visão terrível! O cenário era de calamidade e morte, para Ezequiel já não havia mais o que fazer, ao ponto de que quando Deus o pergunta se aqueles ossos podem reviver a sua resposta é: Senhor Deus, tu o sabes (Ez 37.3).
Humanamente falando, osso é o último estágio natural do ser humano. Quando alguém morre tudo o que sobra, com o passar do tempo, são os ossos. Deus estava mostrando a situação atual e espiritual do seu povo, mas também a situação vindoura com a restauração que iria realizar. O profeta via morte, Deus via vida. Há uma frase que me marcou bastante: No vale ou você é profeta ou você é osso. Opte por profetizar vida para você mesmo, para sua família, para seus amigos...
Diante de tamanho caos, Deus manda o profeta profetizar que daqueles ossos pudessem crescer nervos, carne, pele e o Espírito. E é sobre essas quatro particularidades que o Senhor operou nos tempos de Ezequiel e quer operar sobre a sua vida hoje.
Nervos – Representa estímulos. E por que não dizer o emocional e psicológico? Ainda que o povo conhecesse Deus os seus estímulos já não estavam mais sendo atendidos. Estava tudo bagunçado, mas o Senhor estava entrando com providência na vida dos seus escolhidos. Ainda hoje Ele quer entrar com providência na sua vida sentimental e emocional, Ele sim é a esperança (Jó 11.18)
Carne – Representa força. O povo que era conhecido por sua força (em Deus), agora se encontrava à mercê de uma nação pagã sem chances de reação. Porém, há um momento em que Deus intervém, restaura as forças do seu povo e lhe garante a vitória (Is 40.31).
Pele – Representa sensibilidade. O povo de Deus havia pecado e, consequentemente, perdido a sensibilidade espiritual, o temor. Mas Deus estava prometendo restaurar também essa área.
Espírito – Representa vida. Quando tudo apontava para o fim e para morte, Deus estava dizendo: Eu estou trazendo vida ao meu povo. À semelhança do que Ele está fazendo na sua vida hoje.
É tempo de restauração! Permita que o Senhor faça isso na tua vida, deixa Ele mudar a tua sorte (Jó 42.10).
Autor: Filipe Brito é diácono da Assembleia de Deus em Ipueira-RN, é Bacharel em Ciências Contábeis pela (UEPB).

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