O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na quarta-feira (17), em Brasília, que pretende declarar a música gospel como patrimônio cultural brasileiro já na próxima semana.
A declaração foi feita durante uma reunião ministerial na Granja do Torto, residência oficial da Presidência. O gesto é visto como mais um aceno ao público evangélico, de olho nas eleições de 2026.
Ao falar sobre o tema, Lula mencionou o advogado-geral da União, Jorge Messias, que é evangélico e indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Vamos transformar a música gospel, Messias, em patrimônio. Na semana que vem, você pode estar preparado, porque, além de ser ministro da Suprema Corte, você vai poder cantar música gospel no Palácio do Planalto”, disse o presidente.
O movimento ocorre em um momento de oscilação na avaliação do governo, onde 66% dos eleitores evangélicos desaprovam a administração federal, e apenas 29% aprovam. Os índices se mantiveram estáveis em relação ao levantamento anterior.
Entre os católicos, a avaliação do governo apresentou queda dentro da margem de erro. A aprovação recuou de 51% em setembro para 48% em dezembro, enquanto a desaprovação subiu de 42% para 44%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de dezembro de 2025, com 2.500 entrevistas em 133 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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