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Mais de 17 mil igrejas brasileiras oram por cristãos perseguidos no DIP 2025


Igreja Evangélica Sem Fronteiras em Pacatuba, no Ceará, no DIP 2025 - Foto: Divulgação
Igreja Evangélica Sem Fronteiras em Pacatuba, no Ceará, no DIP 2025 - Foto: Divulgação

Mais de 17 mil igrejas em todo o Brasil participaram do Dia da Igreja Perseguida (DIP) 2025, no último domingo (15), mobilizando cerca de 1,7 milhão de fiéis em oração pelos cristãos que enfrentam perseguição ao redor do mundo. A edição deste ano, promovida pela Portas Abertas, teve como tema “Forçados a fugir: cristãos deslocados por causa da violência pedem socorro”, com foco em nesses seguidores de Jesus vulneráveis à violência religiosa.

O DIP ocorreu simultaneamente em igrejas nos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, como também em mais de 1.700 igrejas em outros países da América Latina. Ao todo, os participantes foram incentivados a conhecer histórias de fé e resistência dos mais de 183 mil cristãos deslocados devido à fé em 61 países, como, por exemplo, Nigéria, Mianmar, Burkina Faso, República Democrática do Congo e Índia.

“Com alegria e gratidão, celebramos esse movimento de união em oração. Igrejas livres se levantam em clamor por irmãos que compartilham da nossa fé, mas não da nossa liberdade de culto”, afirmou Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas. “Agradecemos a todos os pastores, irmãos e igrejas participantes. Juntos, somos um só corpo.”

São Paulo se mobiliza

Em São Paulo, a Igreja Cristã Evangélica Jardim Clarice já realiza o DIP há mais de dez anos. Nesta edição, uniu-se a outras igrejas da mesma denominação para interceder pelos cristãos perseguidos. Durante o culto, os participantes receberam cards de oração com histórias reais e motivos de intercessão, o que impactou diretamente os presentes.

“Estamos sempre orando pela Igreja Perseguida, mas foi impactante ter um dia específico para isso”, relatou Silvio Luccas, da Igreja Cristã Evangélica do Jardim Peri. Ele ficou especialmente tocado pela história de Deborah, uma jovem cristã deslocada, e refletiu sobre a necessidade de maior envolvimento em oração.


Claudio Santana, da Igreja Cristã Evangélica do Jabaquara, também participou do DIP no Jardim Clarice. Ele destacou a coragem dos cristãos perseguidos e criticou a zona de conforto de muitas igrejas livres. “Como podemos praticar o DIP não só em um dia, mas o ano todo?”, questionou.

De Pernambuco, o mesmo clamor

Em Recife, o pastor Francisco Sabino Júnior, da Igreja Batista Missionária Palavra Viva, descreveu o DIP como um chamado ao despertamento espiritual. “Foi um momento de conscientização sobre a missão global da igreja. Os testemunhos nos tiraram do conforto e nos fizeram ver que fazemos parte de uma família maior.”

Sabino destacou o relato de um jovem impedido de congregar devido à perseguição, mas que permanece firme em sua fé. “Ele é prova de que a graça do Espírito Santo sustenta os que são perseguidos. Precisamos perseverar sabendo que nosso trabalho no Senhor não é em vão.”


Para Rosilene Maria, organizadora do DIP 2025 na Igreja Batista Missionária Palavra Viva, o que mais chamou atenção foi o engajamento coletivo da comunidade local em oração e apoio aos cristãos perseguidos ao redor do mundo. “Foi um momento de fortalecimento espiritual e comunhão verdadeira”, destacou.

Ela também ressaltou a importância dos recursos fornecidos pela Portas Abertas, que possibilitaram à igreja conhecer de forma mais profunda a realidade enfrentada por crianças e adultos em países hostis ao cristianismo.


“Graças à Portas Abertas, tivemos acesso a materiais ricos, com vídeos e conteúdos específicos que ajudaram toda a igreja a compreender, se envolver e orar de forma mais intencional”, comentou, acrescentando que “a fé em Cristo é o que fortalece a igreja do Senhor, mesmo em tempos de perseguição”.

Ceará e Minas Gerais

Desde 2009, a Igreja Evangélica Sem Fronteiras, em Pacatuba (CE), tem promovido o Domingo da Igreja Perseguida (DIP) sob a liderança de Ester Paixão. Ao longo dos anos, o evento tem ganhado adesão crescente da comunidade local. “Fazemos o DIP há muitos anos, e a cada edição mais irmãos se envolvem e contribuem. Tem sido uma grande bênção para nossa igreja”, afirma Ester.

O impacto do evento também é sentido por participantes como Alef Marreiro, que esteve presente em uma das edições no Ceará. Para ele, o DIP foi uma experiência de profunda empatia e conexão espiritual. “Foi um momento marcante, em que nos conectamos com a realidade difícil de outros cristãos que também fazem parte do corpo de Cristo. O que mais me impactou foi ouvir um pai dizendo que seus filhos estavam com fome e ele não tinha o que fazer. Senti a dor daquele homem e orei para que Deus o sustentasse”, relata.


Em Minas Gerais, a mobilização também tem ganhado força. Em Patrocínio, a Igreja Presbiteriana do Bairro Constantino realiza o DIP pelo quarto ano consecutivo, com a organização de Edilene Araújo. A ação envolve diversos ministérios da igreja, como o infantil, que trabalhou com cartões de oração e produziu um vídeo com as crianças e juniores intercedendo pelos cristãos deslocados. A Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF) também aderiu à programação, organizando um relógio de oração com intercessoras durante todo o dia.

Além disso, os pastores da congregação direcionaram suas mensagens e o culto especialmente em favor da Igreja Perseguida. “Louva­mos a Deus pelo apoio da nossa igreja a essa causa tão urgente”, destaca Edilene.

Fonte: Comunhão com informações de Portas Abertas

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