O deputado federal Glauber Braga, do PSOL do RJ, recebeu na terça-feira (15) um manifesto de apoio assinado por religiosos brasileiros, durante greve de fome iniciada em 9 de abril. O protesto ocorre após o Conselho de Ética da Câmara aprovar, por 13 votos a 5, o parecer favorável à cassação de seu mandato.
O documento, divulgado pelo coletivo Emaús, compara a resistência do parlamentar a figuras como Jesus, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e Martin Luther King.
Contexto
O texto, intitulado “Pela Justiça e Dignidade” (acesse a íntegra [aqui](PDF – 231KB)), destaca que Braga “enfrenta seus algozes com a mesma força de quem luta contra a opressão”.
O grupo Emaús, ligado ao ecumenismo e à Teologia da Libertação, inclui nomes como o frade dominicano Frei Betto e o teólogo Leonardo Boff. Em nota, o coletivo afirmou: “Sua greve de fome é um ato profético contra a injustiça política”.
Braga responde a um processo por agredir o youtuber Gabriel Costenaro, do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024. O deputado alega que reagiu a uma provocação, enquanto Costenaro afirma ter sido expulso “a pontapés” do restaurante da Câmara.
O pedido de cassação, protocolado pelo partido Novo, foi encaminhado ao Conselho de Ética pelo então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Braga classifica o relatório do conselheiro Paulo Magalhães (PSD-BA) como “fruto de negociação com Lira”, a quem acusa de perseguição política. Em 2024, o deputado promoveu ação judicial que suspendeu a destinação de emendas parlamentares, criticando o que chamou de “sequestro do Orçamento” pelo presidente da Câmara.
A aprovação do Conselho de Ética não resulta em cassação imediata. Braga pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de o caso ser votado em plenário, onde precisará de 257 votos favoráveis para ser afastado.
Notícias Gospel
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