A governadora Fátima Bezerra se recusa a conceder o reajuste de 6,27% no piso salarial dos professores, que deveria ter sido aplicado desde janeiro. Essa não é a primeira vez que o governo do estado adota essa postura. Em anos anteriores, os reajustes foram parcelados em até 19 vezes, e ainda há um saldo de 17 parcelas em aberto, demonstrando a falta de compromisso com a valorização da educação.
A política do piso salarial nacional, estabelecida pelo governo federal, tem como objetivo garantir uma remuneração digna aos professores e fortalecer a carreira docente. O maior reajuste já concedido ocorreu no governo Bolsonaro, quando o piso teve um aumento histórico de 33%. No entanto, no Rio Grande do Norte, a categoria enfrenta constantes dificuldades para receber seus direitos de forma integral.
Diante dessa situação, os professores estão em greve. Mas a paralisação não se resume apenas à questão salarial. A luta também é por melhores condições de ensino. As escolas estão sucateadas, muitas salas de aula são quentes e não possuem ventilação adequada, e o governo estadual demonstra pouca disposição para dialogar e buscar soluções.
O reflexo dessa má gestão pode ser visto nos indicadores educacionais. O estado está entre os piores no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) no Brasil. Para mudar essa realidade, é essencial que o governo priorize a educação, valorize os professores e invista na infraestrutura das escolas. Sem esses avanços, a qualidade do ensino continuará comprometida, prejudicando toda uma geração de estudantes.
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