Foto: Reprodução/Captura de Tela Instagram
Após anunciar a realização do festival “Adora Zé Doca” durante o período de Carnaval, tradicionalmente reservado às festas pagãs, a prefeita Flavinha Cunha (PL), de Zé Doca, no Maranhão, se tornou alvo da Justiça. O evento está previsto para acontecer entre 1º e 4 de março.
Uma ação popular foi protocolada, alegando que a realização do festival gospel infringe a Constituição ao promover discriminação religiosa e viola o princípio do Estado laico. O autor da ação, o advogado Jean Menezes de Aguiar, argumenta que a festa configura uso indevido de recursos públicos, chamando o evento de “segmentado e preconceituoso”. Na petição, ele solicita a anulação do evento e a restituição dos recursos públicos já gastos.
Sendo assim, o juiz Marcelo Moraes Rêgo de Souza determinou que a prefeitura de Zé Doca e a prefeita apresentem uma justificativa para a substituição das tradicionais festividades de carnaval pelo evento gospel. Além disso, o magistrado convocou o Ministério Público do Maranhão a se manifestar antes de decidir sobre a suspensão ou não do evento.
Em sua defesa, a prefeita Flavinha Cunha destacou no Instagram, no último domingo (2), que o “Adora Zé Doca” já é notícia em todo o Brasil. Ela afirmou também que o evento nasceu com o propósito de “agradecer a Deus por todas as conquistas”. Flavinha ressaltou ainda que o pré-carnaval “Zé Doca Folia”, que ocorrerá de 21 a 23 de fevereiro, será “o melhor carnaval fora de época da região”.
Cabe destacar que o custo do pré-carnaval (R$ 850 mil) será superior ao do festival gospel (R$ 475 mil). No “Adora Zé Doca”, se apresentarão Maria Marçal (1º de março), Banda Morada (2 de março), Gerson Rufino e Kleber Nascimento (3 de março), e o grupo Três Palavrinhas no encerramento, no dia 4. Já no pré-carnaval, o evento de música secular contará com shows de Solange Almeida, Iguinho e Lulinha, e Chiclete com Banana.
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