O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) apresentou, nesta semana, uma representação ao Ministério Público Federal contra o prefeito Eduardo Paes. A denúncia aponta tratamento desigual às religiões durante as festas de réveillon de 2024 no Rio de Janeiro, com destaque para a exclusão de manifestações de matrizes africanas.
Segundo a representação, a Prefeitura apoiou diretamente cantores gospel, destinando um palco exclusivo no Leme. Em contraste, apenas um grupo ligado às religiões de matriz africana se apresentou no palco de Realengo, entre as 74 atrações espalhadas pela cidade. O babalawô Ivanir dos Santos, da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), criticou a falta de representatividade.
A programação gospel no palco do Leme incluiu artistas conhecidos, como Thalles Roberto e Fernanda Brum, além de pregações de pastores. As apresentações começaram às 18h e seguiram até a virada do ano, com apoio financeiro da Prefeitura.
Ao divulgar as apresentações gospel, o prefeito Eduardo Paes justificou a iniciativa afirmando que o palco gospel reflete a diversidade da cidade. Ele declarou que a presença de cantores e pastores cristãos seria uma forma de abençoar o novo ano, destacando que o Rio é uma cidade para todos e que a fé é uma questão individual.
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