Em Sorocaba, no interior de São Paulo, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) sancionou uma lei que proíbe a contratação de pessoas envolvidas com o antissemitismo para trabalhar na prefeitura. A medida foi anunciada pelo próprio prefeito em um vídeo divulgado nas redes sociais, na terça-feira (26).
“Você não vai trabalhar na prefeitura de Sorocaba se ofender ou agredir o povo judeu. Pode ter certeza disso”, afirmou o prefeito, segurando uma bandeira de Israel.
Ele explicou que estava assinando uma lei para impedir que indivíduos que pratiquem antissemitismo — ou seja, que ofendam os judeus — sejam contratados pela administração municipal. Manga ressaltou que, embora não possa responder por todo o Brasil, ele tem autoridade sobre Sorocaba e não permitirá que essas pessoas trabalhem na cidade. “Respeite o povo de Israel. Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”, completou.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o antissemitismo pode ser classificado como crime de racismo. O Relatório de Antissemitismo no Brasil, elaborado pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB), apontou 886 casos entre janeiro e maio deste ano, um número quase seis vezes maior do que no mesmo período de 2023.
O relatório também destacou que os casos de antissemitismo aumentaram significativamente após o dia 7 de outubro de 2023, especialmente com a intensificação do conflito entre Israel e o Hamas. Entre 1º de outubro e 31 de dezembro de 2023, foram registradas 1.119 denúncias, o que representa um aumento de quase 800% em comparação com o mesmo período de 2022.
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