Casais homoafetivos crescem quase 7 vezes nos últimos 12 anos, diz IBGE
Foto: Reprodução
As maiores proporções de unidades domésticas onde vivem casais homoafetivos: Distrito Federal (0,76%), a seguir o Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%)
Por Patricia Scott
Nos últimos anos, a visibilidade das relações homoafetivas na mídia e na cultura tem sido amplamente difundida na tentativa de normalizar um relacionamento que está na contramão da Palavra de Deus (Gn 2.24). Embora a proporção de casais do mesmo sexo, no Brasil, ainda seja pequena em comparação à população geral, houve um aumento significativo nos últimos 12 anos, conforme dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número residências com pessoa responsável e cônjuge ou companheiro do mesmo sexo saltou de 59.957, em 2010, para 391.080, em 2022. As residências domésticas com pessoas responsáveis e cônjuges ou companheiros do mesmo sexo representavam em 2022, 0,54% do total, o que significa um crescimento expressivo em relação a 2010. Isto porque naquele ano a porcentagem era de apenas 0,1%.
O Censo 2022 mostra as localidades, onde há as maiores proporções de lares com casais homoafetivos. Em primeiro lugar o Distrito Federal (0,76%), a seguir o Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%). Em contrapartida, os menores índices: Piauí (0,25%), Maranhão (0,30%) e Tocantins (0,31%).
Uniões estáveis
O Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou, em 2011, as uniões estáveis homoafetivas às heteroafetivas. Isso significa que a união estável entre pessoas do mesmo gênero é uma entidade familiar. Embora alguns cartórios e tribunais já praticassem essa inclusão, a decisão proporcionou um entendimento unificado em todo o país.
Além disso, ao estabelecer esse marco legal, a medida do STF facilitou a extensão de direitos a casais homoafetivos como, por exemplo, o acesso a planos de saúde, heranças e reconhecimento de pais homoafetivos em certidões de nascimento.
Já o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, em 2013, uma resolução que autorizou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. No entanto, ainda não existe uma lei específica que reconheça esses casamentos no Brasil.
Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) indicam que, desde 2013, o país tem registrado, em média, 7,6 mil casamentos homoafetivos por ano. Desse total, 56% entre mulheres e 44% entre homens.
Comunhão
0 Comentários