A Igreja Universal do Reino de Deus decidiu investir pesado na TV em 2024, o que não fazia desde 2019 quando diminuiu as cifras em televisão aberta. A maior congregação pentecostal do Brasil vai voltar a gastar um valor acima de R$ 1 bilhão por locações de horários.
O grosso deste investimento, claro, é na Record, emissora que tem Edir Macedo como dono. Somente com a venda das madrugadas para telecultos e programas especiais, a IURD tem a previsão de desembolsar R$ 910 milhões até dezembro, segundo o F5 apurou.
O valor pode ser ainda maior porque ele não contabiliza a produção de novelas bíblicas. Desde 2022, para diminuir custos próprios da Record, a Igreja Universal produz atrações como “Reis” e a recém-estreada “A Rainha da Pérsia”, exibidas em horário nobre.
O que fez o valor se elevar para 2024 foi a retomada de uma parceria que estava suspensa desde dezembro de 2022. A Igreja Universal voltou a ocupar 22 horas da programação da Rede 21, canal do Grupo Bandeirantes de Comunicação, dono da Band.
O retorno aconteceu após um acordo oriundo de uma disputa judicial que se arrastava há dois anos. A estimativa de gastos até o fim do ano da Igreja Universal com esse contrato é de R$ 300 milhões anuais.
Para retomar com a Rede 21, a Band se comprometeu a fazer investimento em melhorias de transmissão de sinal para todo o Brasil para crescer sua cobertura nacional para até 70% do território brasileiro. Essa era a principal queixa da IURD quando rescindiu com o acordo antigo.
A igreja também ampliou seus investimentos na TV Gazeta de São Paulo e na RedeTV!, com despesas de R$ 300 milhões e R$ 350 milhões, respectivamente. Um contrato com a CNT, que prevê a ocupação de 22 horas diárias de programação, acrescenta mais R$ 100 milhões anuais aos custos.
A decisão de retomar os investimentos pesados na TV aberta foi motivada pelo retorno insatisfatório de iniciativas no meio digital. A Universal espera, com isso, reforçar sua presença e atrair novos fiéis através da televisão, além de continuar com suas produções de novelas bíblicas.
A Igreja Universal não divulgou detalhes contratuais dos acordos com as emissoras.
Fonte: F5 – Folha de S. Paulo
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