Pastores ligados à Associação dos Ministros Evangélicos de Mossoró (AMEM) divulgaram uma nota de repúdio contra a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) por convocar um ato público contra o Projeto de Lei 1904, conhecido como PL do Aborto. O projeto propõe que o aborto realizado após a 22ª semana de gestação seja considerado um crime de homicídio. Na visão da AMEM, a convocação da UERN representa um posicionamento político-ideológico favorável ao aborto, algo que, segundo eles, deve ser questionado e não pode se confundir com a estrutura administrativa da universidade.
A nota emitida pela AMEM argumenta que a UERN, ao promover tal ato, está agindo sob a influência de entidades progressistas, deixando de lado a imparcialidade que deveria caracterizar uma instituição pública de ensino. Segundo os pastores, a universidade estaria se posicionando politicamente, o que contraria a expectativa de neutralidade acadêmica. A AMEM destaca que a convocação é uma manifestação explícita de apoio ao aborto, desconsiderando outras perspectivas sobre o tema.
Além disso, os pastores salientam que, ao longo dos anos de 2023 e 2024, a UERN não realizou nenhuma convocação pública para debater o tema do aborto de forma ampla e inclusiva, como deveria ser feito em um ambiente universitário. As publicações da UERN no Instagram, segundo a AMEM, não refletem uma postura neutra ou um debate aberto sobre o assunto, mas sim uma promoção de um ponto de vista específico, o que foi motivo de crítica por parte da associação evangélica.
A nota de repúdio é assinada pelo pastor Reverendo Yan Pereira Guedes, presidente da AMEM, e pelos demais membros diretores da associação.
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