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Demitir ministra seria “boa medida”, diz líder da bancada evangélica





O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado federal Eli Borges (PL-TO), afirmou que uma hipotética demissão da ministra da Saúde, Nísia Trindade (foto), seria uma “boa medida”.

Se o governo quer mesmo o respeito dos evangélicos, está aí uma boa medida, pois ela só arruma problemas contra as pautas conservadoras”, disse Borges ao Estadão neste sábado, 2 de março.

“Pela vida, pela luta contra doutrinação ideológica, seria uma boa iniciativa”, acrescentou.

A declaração se deu em meio a uma confusão por parte do Ministério da Saúde com a publicação, na quinta, 29 de fevereiro, de uma nota técnica liberando o aborto legal em qualquer período da gestação.

A nota foi suspensa na sequência.
Confusão sobre aborto

O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica na quinta-feira, 29, que liberava o aborto legal, permitido em três hipóteses, de 21 semanas e seis dias para nove meses. Após repercussão ruim, a ministra Nísia Trindade (foto) divulgou uma nota para anunciar a suspensão da normativa, sob a alegação de que “o documento não passou por todas as esferas necessárias do Ministério da Saúde e nem pela consultoria jurídica da Pasta”.

Os únicos que se animaram com a situação parecem ter sido os parlamentares do Centrão. Segundo o Estadão, integrantes do grupo acham que a ministra da Saúde “entregará o cargo de bandeja” com esse tipo de episódio, que não foi o primeiro.



Em outubro de 2023, viralizou um vídeo em que uma dançarina faz movimentos que remetem aos programas dominicais dos anos 1990, nos quais grupos de axé desciam até a boquinha da garrafa, durante um evento promovido pelo MInistério da Saúde.
Evangélicos

“A nova ocorrência na gestão de Nísia dificulta a aproximação de Lula com os evangélicos. Como revelou a Coluna do Estadão, a Frente Parlamentar Evangélica monitora notas, portarias e decretos do governo que atingem a pauta de costumes, e a cada ato se distancia mais”, diz o Estadão.

Em julho de 2023, Lula falou publicamente sobre a pressão do Centrão para tomar de Nísia o Ministério da Saúde. “Eu disse: ‘Nísia, vá dormir e acorde tranquila, porque o Ministério da Saúde é do Lula, foi escolhido por mim e [você] ficará até quando eu quiser’”, comentou o petista em evento público.
Pressão

Os parlamentares do Centrão pressionavam pela cabeça de Nísia por conta da demora na liberação de emendas do governo federal. O Ministério na Saúde tem um dos maiores orçamentos da Esplanada.

Em 7 de fevereiro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os líderes da Casa assinaram um requerimento exigindo que a ministra da Saúde esclareça os critérios utilizados na liberação de recursos.

O Antagonista 

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