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ALERTA: Esgotamento pós-pandemia afeta pastores e muitos pensaram em deixar ministério







Uma pesquisa nacional divulgada pelo Instituto Hartford de Pesquisa Religiosa revelou que mais de 40% dos clérigos cristãos nos Estados Unidos consideraram seriamente abandonar suas congregações desde o início da pandemia de COVID-19 em 2020. Os resultados indicam que o esgotamento pós-pandemia atingiu níveis preocupantes, levando muitos líderes religiosos a ponderarem sobre deixar seus cargos.

A pesquisa, parte do projeto “Explorando o Impacto da Pandemia nas Congregações”, realizada no outono de 2023, revelou que mais da metade dos clérigos pesquisados pensaram seriamente em deixar o ministério durante esse período desafiador. Aproximadamente 10% dos entrevistados relataram ter frequentemente pensado em abandonar suas funções.

O diretor do Instituto Hartford, Scott Thumma, observou que o “trauma coletivo” experimentado tanto pelo clero quanto pelos congregantes desde 2020 tem contribuído para esses sentimentos de exaustão. Respostas abertas à pesquisa indicaram fatores como a diminuição da frequência, declínio nas taxas de voluntariado e resistência dos membros a mudanças como principais desafios enfrentados pelos pastores.

“Estou exausto”, compartilhou um pastor citado no relatório. “As pessoas se mudaram da área, há menos pessoas novas e mais distantes, mais lentas para se engajar. Nossos voluntários regulares estão cansados ​​e sobrecarregados.”


Brasil


Embora a pesquisa tenha sido conduzida nos Estados Unidos, os desafios enfrentados pelo clero em meio ao esgotamento pós-pandemia ressoam em contextos religiosos globais, incluindo o Brasil. As dinâmicas de mudança nas práticas espirituais, declínio na participação presencial e resistência às transformações nas congregações também têm sido observadas no cenário brasileiro. Pastores e líderes religiosos no Brasil, assim como em muitas partes do mundo, têm enfrentado pressões semelhantes, desde a gestão do impacto da pandemia até a adaptação às mudanças nas dinâmicas de suas comunidades. A compreensão desses desafios transcende fronteiras nacionais, destacando a necessidade de estratégias e apoio global para fortalecer o ministério pastoral e promover o bem-estar emocional dos líderes religiosos.

Mais sobre a pesquisa

O esgotamento parece refletir não apenas as consequências da pandemia, mas também desafios pré-existentes, como a diminuição constante da frequência média presencial desde o início do século. Com menos participantes mais jovens, a idade típica dos fiéis está aumentando, e a resistência às mudanças após um período de inovação durante a pandemia também foi observada.

As complexas razões por trás do esgotamento do clero destacam a necessidade de compreender o contexto mais amplo, afirmou Thumma. Ele enfatizou que questões como o contexto urbano ou rural, demográficas e outras influências externas também desempenham um papel crucial.

Cerca de um terço dos clérigos entrevistados considerou abandonar completamente sua congregação e ministério, enquanto outro terço estava considerando uma ou outra opção. O conflito nas congregações foi relatado pela maioria dos clérigos, sendo que aqueles que consideraram abandonar suas igrejas relataram níveis mais elevados de conflito e menor proximidade com os congregados.

Os resultados da pesquisa foram baseados em respostas de aproximadamente 1.700 membros do clero cristão de mais de 40 denominações, incluindo entidades protestantes, católicas e ortodoxas. Embora alguns números sejam mais altos do que pesquisas anteriores, Thumma ressaltou que a maioria dos clérigos ainda relata boa saúde física e mental, além de um aumento em várias práticas espirituais desde o início da pandemia.

JM Notícias

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