Em 2023, busque ser mais parecido com Jesus, diz pastor
Antes da chegada do Ano Novo, era habitual para o pastor Brad Larson realizar uma lista de promessas. A espécie de tradição destacava algumas metas para os meses que estavam por vir. Isso acontecia após orar e ler a Bíblia.
No entanto, ele revela que, ao folhear diários antigos, constatou que as metas pareciam sempre iguais, ano após ano. “Só havia palavras diferentes, com uma cor de tinta diferente”.
Ao perceber que não cumpria as próprias promessas, o pastor reconheceu que o mesmo ocorre com a maioria das pessoas. A partir dessa constatação, ele concluiu que as pessoas não precisam de promessas, mas de Jesus. “É muito melhor buscar contentamento no presente e ter esperança no futuro eterno. Estes sim são garantidos”.
Ao citar um pensamento de C.S. Lewis, o pastor Brad observa que as pessoas cometem erros ao fazer promessas para o Ano Novo, porque estão pautadas em uma expectativa doentia e irrealista do futuro. “Lewis dizia que somos obcecados com o futuro e insatisfeitos com o presente. E realmente estamos obcecados com o nosso futuro terreno, mas ele é apenas uma ideia. Embora devamos planejar nosso futuro, isso não é garantido”.
Vontades e desejos humanos
As vontades humanas, diz o pastor, não possuem força suficiente para mudanças radicais: “Nossas vontades não são fortes. Podemos ler todos os livros de autoajuda, mas o crescimento do caráter e a santidade não são projetos nossos”.
“Na verdade, a autoajuda pode até ser prejudicial se não formos cuidadosos. A mudança de vida depende da mudança do coração e esse tipo de mudança vem de Deus”, adverte.
O outro ponto, de acordo com Brad, que dificulta o ser humano em cumprir as promessas de transformação é que sabem o que desejam. “Muitas vezes, desejo algo que se torna inútil meses depois”.
O líder religioso frisa que os interesses humanos mudam e, à medida que o indivíduo cresce em sabedoria, os desejos se elevam e amadurecem. “E mesmo com sabedoria, acabamos nos sentindo perdidos. Precisamos do Senhor para guiar nossas vidas e desejos”, prega.
Insatisfação humana
A insatisfação humana também é salientada por Brad. “As promessas fracassadas nos mostram que sempre queremos mais. A verdade é que não estamos felizes com a forma como Deus cuida de nós. Queremos mais — mais músculo, mais dinheiro, mais notoriedade, mais tudo. Mas, o verdadeiro contentamento na graça e na esperança de Cristo não é circunstancial”.
O escritor aponta ainda que uma fortuna jamais pode ser comparada ao valor do que Jesus realizou pela humanidade: “Deveríamos apreciar a graça ultrajante de simplesmente estarmos vivos”.
Somente Jesus transforma
As promessas costumam ser superficiais, mesmo as mais sinceras, pontua o pastor. “E o nosso fracasso em cumpri-las mostra uma necessidade extrema de mudança de coração”.
Ele assevera ainda: “Não somos quem deveríamos ser e queremos ser diferentes. A transformação que buscamos é válida, mas os meios pelos quais a buscamos, muitas vezes, são insuficientes. Precisamos de Jesus para nos transformar à Sua semelhança e apenas a nossa determinação não é suficiente”.
Ao comparar as promessas a um mapa do tesouro elaborado por crianças, Larson disparou: “Temos a tendência de traçar um rumo infantil para nossas vidas e perseguir tesouros que não existem”.
Palavra de Deus
Para o pastor Larson as promessas de Ano Novo são “míopes e ineficazes”. Mesmo assim, ele destaca alguns conselhos para aqueles que consideram importante fazê-las.
“Certifique-se de que suas promessas estejam alinhadas com a Palavra de Deus e se vão glorificá-lo. Além disso, verifique se são promessas realistas, específicas, mensuráveis, atingíveis e oportunas”.
Buscar o conselho de irmãos e irmãs em Cristo também é importante, na visão do escritor. “Depois disso, ore sobre suas promessas, submetendo-as ao Senhor para sua orientação”, aconselha e cita Tiago 4.13-15:
“Ouçam agora, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro’. Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo.
Para concluir, o pastor Larson ressalta: “Não coloque sua esperança em sua capacidade de mudar a si mesmo. Se pudéssemos mudar a nós mesmos, Jesus não teria que vir. Só ele pode nos transformar. Reconheça o que Jesus fez por nós e busque se tornar mais parecido com Ele no próximo ano”.
Fonte: Comunhão com informações The Gospel Coalition
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