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“É por questão de sobrevivência”, diz Carla Dickson sobre possível ida para o PP






“É verdade, as conversas estão acontecendo. Eu sempre falo com Fábio. Mas, tudo está ainda na fase das possibilidades”. Foi com essa declaração que a deputada federal Carla Dickson (Pros), confirmou que está articulando com o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), a possibilidade dela se filiar ao PP e brigar pela sua reeleição na Câmara Federal, nas eleições deste ano.

Fábio Faria está alinhando e desenhando estratégia para formar um bloco com, pelo menos, quatro nomes de candidatos à Câmara. Entre eles, estão os deputados Beto Rosado (PP), Carla Dickson, Benes Leocádio (Republicanos) e seu pai, o ex-governador Robinson Faria (PSD), que em breve deve assinar ficha e desembarcar no PP, sigla que irá abrigar o ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta segunda-feira 17, Carla Dickson explicou que essas articulações são naturais e fazem parte de uma questão de sobrevivência política. “Dessa forma, convenhamos que as legendas tenham que ter bons puxadores de votos. Os partidos estão conversando e analisando as nominatas e, por questão de sobrevivência política, eu estou conversando com todo mundo”. E admitiu: “De fato, as conversas (com Fábio) estão acontecendo”.

Segundo Carla, “todo mundo está conversando. O que está acontecendo é que os partidos estão fazendo um estudo, por causa da nova regra política, que ao invés de beneficiar as siglas, principalmente em Estados pequenos, complicou para montar a nominata. Para se ter uma ideia, uma nominata para federal tem que ter nove candidatos, sendo que desses, no mínimo três, obrigatoriamente, tem que ser com mulheres”, explicou.

União Brasil


Porém, a deputada federal não descartou a possibilidade de fazer parte do União Brasil – fusão entre o DEM e PSL -, sigla que será comandada no Rio Grande do Norte pelo ex-senador José Agripino.

“É mais provável que eu vá para o União Brasil, desde que aconteça uma nominata competitiva. Porque eu não vou estar em um lugar que eu não consiga ganhar. E isso vale para o PP, PL, Pros e União Brasil. Todos que queiram ganhar as eleições, tem que ir para um partido com nominata competitiva, caso contrário, não consegue. Então, a minha saída do União Brasil não pode ser falada”, admitiu.

Em entrevista no mês de agosto do anos passado, ao AGORA RN, a deputada federal explicou que havia encaminhado carta de anuência partidária à direção nacional do Partido Republicano da Ordem Social, solicitando a sua desfiliação da legenda e, explicou que não poderia aguardar os trâmites enquadrados na legislação eleitoral para a concretização da fusão entre o DEM e PSL, que daria lugar ao União Brasil, porque o PSL praticamente insistia.
Atualmente, o PSL é coordenado no Estado pelo grupo político ligado à Carla Dickson, que, no último dia 8 de novembro, assumiu o comando do diretório estadual da legenda. A deputada enfatizou que sua mudança de partido era apenas por questões ideológicas.

Questionada se vai desistir do União Brasil, a deputada insistiu que isso não é verdade, até porque, primeiro precisa conversar com o ex-senador José Agripino, e depois, com a nacional do partido.

Mas novamente admitiu que foi chamada para o PL e o PP. “Mas hoje, a prioridade é o União Brasil, que foi o meu grupo do PSL que assumiu, então, essa história de que eu vou desistir não está acertado. Eu só não converso com partidos de Esquerda, com o resto, estamos dialogando”, ressaltou.

Carla Dickson tem até o dia 1º de abril para tomar sua decisão, que é quando acontece a janela partidária. Ela afirmou se sentir honrada pelo fato de ter dois partidos grandes de Direita a desejando. “Fico muito honrada, mas hoje, o União Brasil é o mais concreto, desde que tenhamos uma nominata competitiva”, finalizou.

Agora RN

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