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Governador de PE exige vacina completa nas igrejas; veja o que dizem políticos e líderes religiosos







O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), sancionou nesta segunda-feira, 27, uma edição extra do Diário Oficial do estado com novas regras de convivência da covid-19. Entre as regras, está a exigência de vacinação completa ou teste negativo do novo coronavírus (covid-19) para as pessoas que frequentam igrejas ou templos religiosos.

“Celebrações religiosas com mais de 300 (trezentas) pessoas devem observar os limites de capacidade do ambiente e número máximo de pessoas estabelecidos em Portaria Conjunta da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que também disciplinará a exigência da apresentação dos comprovantes do esquema vacinal completo e/ou dos resultados negativos dos testes para a Covid 19”, diz o texto.

O decreto foi alvo de muitas críticas por parte dos políticos ligados ao segmento religioso. Foi o caso da deputada estadual Clarissa Tércio (PSC). “O governador de Pernambuco acaba de comprar mais uma briga com os cristãos, decretando a exigência de comprovantes de vacinas aos frequentadores dos cultos. Quem ainda não tomou a vacina, fica proibido de cultuar! Acorda, Igreja!”, afirmou a parlamentar, nas redes sociais.

Quem também se posicionou de forma contrária foi o deputado estadual Pastor Cleiton Collins (PP). “Quero deixar aqui bem claro que eu sou contra esse decreto que determina que as igrejas, que os eventos tenham que ter o passaporte sanitário. Isso é inviável, até porque a maioria da população mundial já está vacinada pelo menos com a primeira dose”, declarou.

“O povo está voltando para as igrejas com todos os cuidados, uso de máscara, isso não muda. Agora exigir passaporte sanitário eu sou contra e temos que ir agora junto ao governo do estado para que ele mude esse decreto”, acrescentou o deputado.

O que dizem os líderes religiosos

“Nós cremos que a medida tomada pelo governo é uma tendência mundial. Vários países vêm tomando decisões nesse sentido. Por isso, nós acreditamos que o papel da igreja neste momento é caminhar junto com a sociedade, para que possamos vencer o mal que é o coronavírus. A saúde do povo é a prioridade. Caso seja necessário reunirmos mais de 300 pessoas, nós vamos, sim, checar o esquema vacinal e obedecer os protocolos”, diz Guilherme Alves, pastor da Igreja A Ponte.

Para Alberto Freitas, presidente da Convenção Batista de Pernambuco, a medida é fundamental para a volta ao normal das atividades.

“Para cultos com um número maior de pessoas, nós temos agora essa necessidade, tanto para igrejas como para teatros, clubes, cinemas. A exigência está sendo uniforme para todos os tipos de ajuntamentos de pessoas. Então, entendemos que faz parte dessa necessidade e é um passo que é dado para um retorno ao normal das atividades, incluindo das igrejas”, afirma.

Segundo Cristina Pires, presidente da Federação Espírita Pernambucana, os templos espíritas já estavam funcionando com um quantitativo abaixo do permitido. “No nosso caso, o centro espírita, nós temos auditório para 500 pessoas. Começamos com liberação para 50, passamos para 70 e vamos passar para 100 pessoas agora em outubro. A gente escolheu esse percentual porque conseguimos manter o distanciamento, conseguimos que todos estejam usando máscaras e aferir a temperatura de todos”, explica a religiosa.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, afirmou que pouca coisa muda para as comunidades eclesiais do Estado, já que a medida diz respeito às celebrações que contem com a presença de mais de 300 pessoas. “Todos recomendamos a vacina e acreditamos na sua eficácia”, acrescentou.

A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Ana Paula Vilaça, em entrevista à TV Jornal, explicou que a medida é um avanço e não um empecilho para que os fiéis frequentem os seus templos.

“Essa exigência é para qualquer tipo de atividade social, de eventos, que junte mais de 300 pessoas. O que a gente promoveu foi um avanço, uma flexibilização. Como já estava antes, até 300 pessoas, não é exigido controle vacinal. A partir de 300 pessoas ou 80% da capacidade do espaço, o que for menor, a gente pode ter até 2500 pessoas nesses locais”, diz a secretaria, acrescentando que cada instituição deverá organizar o acesso dos fiéis.

Fonte: NE10, JC online e Diário de Pernambuco

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