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Bancada evangélica solicita suspensão de decreto do governador que exige vacina completa nas igrejas de PE





A bancada evangélica da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) redigiu uma carta conjunta solicitando a suspensão do decreto nº 51460, publicado na segunda-feira (27).

Na carta, os parlamentares pleiteiam que o governo estadual “mantenha as regras vigentes antes do referido decreto” e ainda propõe que “haja mais tempo para discussões da área técnica, líderes religiosos e estes representantes que subscrevem a fim de tratar minuciosamente, com a finalidade de atentar para as variadas entidades religiosas espalhadas pelo estado, e suas várias características específicas”.

Assinam o documento os deputados Erick Lessa, Adauto Santos, Cleiton Collins, William Brígido, Dulci Amorim e Joel da Harpa.

A bancada evangélica se reuniu com o secretário executivo de Articulação e Acompanhamento, Eduardo Figueiredo, além da secretária executiva de Vigilância em Saúde, Patrícia Ismael e com o procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto, debatendo detalhes do decreto.

O decreto do governo de Pernambuco exige a vacinação ou o resultado negativo para a covid-19 em igrejas com mais de 300 pessoas, tem sido motivo de discussões em todo o estado, sobretudo entre lideranças religiosas.

“Celebrações religiosas com mais de 300 (trezentas) pessoas devem observar os limites de capacidade do ambiente e número máximo de pessoas estabelecidos em Portaria Conjunta da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que também disciplinará a exigência da apresentação dos comprovantes do esquema vacinal completo e/ou dos resultados negativos dos testes para a Covid 19”, diz o texto.

O que dizem os líderes religiosos

“Nós cremos que a medida tomada pelo governo é uma tendência mundial. Vários países vêm tomando decisões nesse sentido. Por isso, nós acreditamos que o papel da igreja neste momento é caminhar junto com a sociedade, para que possamos vencer o mal que é o coronavírus. A saúde do povo é a prioridade. Caso seja necessário reunirmos mais de 300 pessoas, nós vamos, sim, checar o esquema vacinal e obedecer os protocolos”, diz Guilherme Alves, pastor da Igreja A Ponte.



Para Alberto Freitas, presidente da Convenção Batista de Pernambuco, a medida é fundamental para a volta ao normal das atividades.

“Para cultos com um número maior de pessoas, nós temos agora essa necessidade, tanto para igrejas como para teatros, clubes, cinemas. A exigência está sendo uniforme para todos os tipos de ajuntamentos de pessoas. Então, entendemos que faz parte dessa necessidade e é um passo que é dado para um retorno ao normal das atividades, incluindo das igrejas”, afirma.

Segundo Cristina Pires, presidente da Federação Espírita Pernambucana, os templos espíritas já estavam funcionando com um quantitativo abaixo do permitido. “No nosso caso, o centro espírita, nós temos auditório para 500 pessoas. Começamos com liberação para 50, passamos para 70 e vamos passar para 100 pessoas agora em outubro. A gente escolheu esse percentual porque conseguimos manter o distanciamento, conseguimos que todos estejam usando máscaras e aferir a temperatura de todos”, explica a religiosa.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, afirmou que pouca coisa muda para as comunidades eclesiais do Estado, já que a medida diz respeito às celebrações que contem com a presença de mais de 300 pessoas. “Todos recomendamos a vacina e acreditamos na sua eficácia”, acrescentou.

A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Ana Paula Vilaça, em entrevista à TV Jornal, explicou que a medida é um avanço e não um empecilho para que os fiéis frequentem os seus templos.

“Essa exigência é para qualquer tipo de atividade social, de eventos, que junte mais de 300 pessoas. O que a gente promoveu foi um avanço, uma flexibilização. Como já estava antes, até 300 pessoas, não é exigido controle vacinal. A partir de 300 pessoas ou 80% da capacidade do espaço, o que for menor, a gente pode ter até 2500 pessoas nesses locais”, diz a secretaria, acrescentando que cada instituição deverá organizar o acesso dos fiéis.

Fonte: JC online

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