Repercutiu entre os deputados, na sessão desta terça-feira (22), a prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), durante uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil.
O prefeito é acusado pelo Ministério Público de montar um “QG da Propina”, esquema que motivou a abertura do processo de um impeachment na Câmara de Vereadores do Rio.
O deputado federal Otoni de Paula (PSC) foi à tribuna da Câmara dos Deputados acusar membros do Tribunal de Justiça do Rio de perseguição religiosa.
Segundo Otoni, o alvo da operação era a Igreja Universal do Reino de Deus. Ele citou um trecho da decisão da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que sugere que a instituição foi utilizada “na ocultação de renda espúria auferida com o esquema de propinas”.
“Ela acusa a igreja sem nenhuma fundamentação ou prova. Isso é ou não é discriminação religiosa? Que a justiça seja feita o mais rápido possível”, argumentou o deputado.
O deputado Luiz Lima (PSL-RJ), que foi candidato a prefeito na mesma eleição que elegeu Eduardo Paes (DEM), criticou parlamentares que apoiaram Crivella, que também concorria ao cargo, e o Partido Republicanos.
“Crivella é o pior prefeito da história do Rio de Janeiro, aquele que deixou uma cidade arrasada, um milhão e meio de favelados”, disse. “O prefeito Crivella, além de mau gestor, é corrupto, é chefe de quadrilha, liderou um mecanismo de corrupção, uma verdadeira holding”, acrescentou Lima. Ele citou, entre parlamentares que apoiaram Crivella e “que foram covardes com ele”, os deputados Otoni de Paula (PSC-RJ), Major Fabiana (PSL-RJ), Márcio Labre (PSL-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP).
O deputado Aroldo Martins (Republicanos-PR), por sua vez, chamou Luiz Lima de “uma pessoa magoada por aquilo que sofreu, por aquilo que falaram, por fake news que, segundo ele, lançaram contra ele”. E considerou que o parlamentar “foi infeliz” no pronunciamento e que “talvez tenha agido mais com o coração do que com a razão”. Além disso, afirmou que a prisão do prefeito Marcelo Crivella é resultado de delações, “que condenam sem que a pessoa seja julgada”.
“Sem nenhuma necessidade, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro foi preso sem que houvesse razão para que essa prisão fosse decretada, a não ser pelo fato de o Ministério Público estar totalmente politizado.” Martins disse que a Justiça deveria ser cega e imparcial e reclamou que a política está sendo judicializada.
Fonte: Agência Câmara de Notícias e Pleno News
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