As eleições de 2022 podem trazer de volta aos holofotes nomes bem conhecidos da seara política do Rio Grande do Norte. Figuras como Garibaldi Alves Filho, José Agripino, Henrique Eduardo Alves e Fernando Bezerra já articulam, nos bastidores da política potiguar, estratégias de retorno aos trabalhos parlamentares.
Um dos casos de possível retorno à vida pública é do ex-senador Garibaldi Alves (MDB), que ficou em 4º lugar na disputa à reeleição ao Senado Federal em 2018. Em 2022, ele pode tentar uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Longe da ribalta política há dois anos, Garibaldi Alves – hoje com 73 anos – tentará encerra a trajetória política no mesmo lugar em que a iniciou. O emedebista foi deputado estadual entre 1971 até 1986.
Pai do atual presidente do diretório estadual do MDB, o hoje deputado federal Walter Alves, Garibaldi tentará nas próximas eleições trazer o sobrenome da família de volta para as grandes discussões políticas potiguares.
Outro que tenta retomar a vida pública é o empresário Fernando Bezerra, de 79 anos. Ele foi senador federal entre 1994 e 2007. Além disso, foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern).
Ele tentou a reeleição para o Senado em 2006, mas acabou derrotado por Rosalba Ciarlini. O empresário, segundo os bastidores políticos, tentará vaga na Assembleia Legislativa.
Em novembro, durante participação de um programa de rádio de Natal, o empresário revelou que aventou candidatura para deputado estadual já em 2018. “Tenho uma censura dentro de casa. Me deu a vontade de sair deputado estadual [em 2018]. Não quero mais sair do Rio Grande do Norte. Só que a minha mulher não deixou”, disse ele.
Além destes, Henrique Eduardo Alves (MDB) e José Agripino (DEM) analisam os cenários para buscar uma vaga na Câmara Federal. Os dois, no entanto, miram questões judiciais que podem impedir virtuais candidaturas. A dupla está listada em investigações abertas pela Operação Lava Jato.
Em outubro passado, a Justiça Eleitoral no Rio Grande do Norte recebeu a denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral contra Henrique Alves. Segundo a investigação, o ex-deputado federal solicitou à empresa J&F pagamento de vantagens indevidas para custeio de sua campanha eleitoral ao governo do Rio Grande do Norte em 2014 — em que acabou derrotado por Robinson Faria (PSD).
Além disso, o ex-deputado Henrique Alves passou 11 meses preso – entre junho de 2017 e maio de 2018 – por conta da “Operação Manus”, em que é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em investigação de desvios na construção da Arena das Dunas.
Aos 72 anos, ele foi deputado federal entre 1971 e 2015. Segundo fontes políticas, o sonho dele é terminar a vida pública na Casa que presidiu por dois anos (2013 e 2015).
Outro que almeja retorno aos trabalhos na Câmara Federal é José Agripino (DEM), de 75 anos. Em 2018, o então senador não buscou a reeleição para garantir uma vaga de deputado federal. A articulação contava com a saída do seu filho da Câmara, Felipe Alves (DEM), que não tentou a recondução naquele ano. No entanto, a candidatura naufragou nas urnas. O ex-senador ficou como segundo suplente.
Pesou contra José Agripino, ter o nome listado em investigações relacionadas com crimes de corrupção. Em junho 2018, poucos meses antes das eleições, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu receber denúncia contra José Agripino Maia pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. Ele teria recebido vantagens indevidas para assegurar um contrato de inspeção veicular ambiental celebrado entre um consórcio e o Governo do Rio Grande do Norte.
Do Agora RN
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