A concorrência para a Câmara Municipal de Mossoró é a maior da história mesmo com o aumento de duas vagas na casa legislativa. Chegamos na última quinta-feira a marca de 471 pedidos de registro de candidatura.
São 20 vereadores por vaga, mas a disputa se dá dentro das legendas. Os mais desavisados não compreendem qual é lógica que rege as regras eleitorais. Então vamos lá entender: a eleição para vereador (deputado também) é no sistema proporcional de lista aberta. Trocando em miúdos você vota no partido e em seguida no candidato indicando que ele é o seu escolhido para configurar no topo. Ainda não entendeu? Vamos lá: digamos que o número do candidato seja 99.123. 99 é o número do partido. 123 é o número que indica o postulante para o topo da lista com o seu voto.
Mesmo que seu candidato não seja eleito, alguém do partido dele será e de uma forma ou de outra o eleitor estará representado. O objetivo do voto proporcional é garantir o máximo de representação de uma sociedade, inclusive beneficiando o voto das minorias, fator importante para um equilíbrio democrático.
A distorção do sistema foi extinta com o fim das coligações proporcionais. A situação causou reflexos em Mossoró com 24 partidos apresentando chapas proporcionais. A maior nominata é do Solidariedade com 35 postulantes e a menor é do PSOL com três.
Com 23 vagas na Câmara Municipal a estimativa é de que o quociente eleitoral fique 6.172 votos para se chegar uma vaga.
O Solidariedade, por exemplo, precisa de uma média de 176 votos por candidato para fazer sua primeira vaga. O PSOL precisa 2.057 votos por candidato para estrear na Câmara Municipal.
Na eleição passada, quando as coligações ainda eram permitidas, os 22 candidatos da chapa PSD/PPL/PEN tiveram 22.475 votos (média de 1.021 por postulante) conquistando quatro cadeiras.
Quem conquistou mandato com a menor votação foi a chapa PT/PC do B com 6.752 sufrágios distribuídos por 16 candidatos com média 422 votos por postulante.
O quociente eleitoral (votos válidos/número de vagas) foi de 6.421 votos.
É possível chegar a uma vaga com um número elevado de candidatos possível, mas também com uma quantidade baixa de postulantes com maior potencial eleitoral. O ideal é juntar ambas as qualidades.
Com as chapas montadas como fica a média de votos por candidatos necessária para conquistar uma vaga na Câmara? Tomamos por base a estimativa de 6.172 votos para o quociente eleitoral para mostrar quem está mais perto de chegar a uma cadeira na Câmara.
Partido | Número de candidatos | Média necessária para chegar a uma vaga |
Solidariedade | 35 | 176 votos por candidato |
PROS | 32 | 192 votos por candidato |
PSD | 32 | 192 votos por candidato |
PSC | 30 | 205 votos por candidato |
Patriotas | 30* | 205 votos por candidato |
PSB | 29 | 212 votos por candidato |
Cidadania | 26 | 237 votos por candidato |
Republicanos | 25 | 246 votos por candidato |
PSDB | 25 | 246 votos por candidato |
PSL | 25 | 246 votos por candidato |
MDB | 24 | 257 votos por candidato |
Democracia Cristã | 21 | 293 votos por candidato |
PT | 18 | 342 votos por candidato |
PP | 18 | 342 votos por candidato |
PV | 18 | 342 votos por candidato |
Podemos | 13 | 474 votos por candidato |
DEM | 13 | 474 votos por candidato |
PL | 9 | 685 votos por candidato |
PTB | 7 | 881 votos por candidato |
PC do B | 6 | 1.028 votos por candidato |
PMN | 6 | 1.028 votos por candidato |
PRTB | 6 | 1.028 votos por candidato |
PSOL | 3 | 2.057 votos por candidato |
*Inscreveu mais um candidato na quinta-feira 1º de outubro.
Blog Bruno Barreto
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