Enquanto a mídia do Oriente Médio celebra a Copa da Rússia como a “mais muçulmana de todos os tempos”, graças a participação de jogadores islâmicos em seleções da Europa, a CBF proíbe os cultos na delegação do Brasil.
Após a FIFA ter proibido manifestações religiosas em campo, ameaçando punir os jogadores que exibirem mensagens com esse cunho em camisetas, faixas ou bandeiras, a decisão da “Era Dunga”, de proibir cultos na concentração é retomada em 2018.
Até pouco tempo atrás a seleção brasileira era conhecida por ser uma das únicas a comemorar títulos formando um grande círculo no gramado para orar. Agora, os cartolas retomaram uma decisão da segunda passagem de Dunga pela Seleção (2014-2016). Ela foi tomada após um episódio em Boston (EUA), em 2015, quando um pastor se reuniu com dez jogadores no hotel da seleção, sem a autorização da CBF. Posteriormente, o religioso postou as fotos com os convocados nas redes sociais e até uma com Dunga, fora do contexto do culto, quando eles se encontram no aeroporto de Guarulhos.
Daquele grupo que participou do culto nos Estados Unidos — articulado pelo zagueiro David Luiz —, apenas dois foram convocados para a Copa da Rússia: o goleiro Alisson e o meia-atacante Douglas Costa. Ambos são evangélicos e gostam de falar sobre fé nas suas redes sociais.
Além deles, Willian é um frequentador assíduo de cultos. Nesta segunda-feira de folga, o atacante do Chelsea fez questão de se encontrar com o pastor da igreja da qual faz parte, em Londres.
Mais famosos que seus companheiros, Neymar demonstrava sua religiosidade com frequência no passado. Em comemorações de títulos pelo Santos, pelo Barcelona e na seleção olímpica de 2016, apareceu com uma faixa com os dizeres “100% Jesus”.
Apesar do veto ao culto nas concentrações, será difícil impedir a manifestação de fé nos vestiários, como já é tradição no futebol profissional brasileiro. Antes e depois das partidas, há um momento de oração. Com informações de O Globo
JM Noticia
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