O socialista Pedro Sánchez, declaradamente ateu, foi empossado como novo Primeiro Ministro da Espanha no início desse mês. Na cerimônia de posse já deixou bem clara sua posição em prol do “Estado laico” e negou-se a fazer o juramento diante de um crucifixo ou uma Bíblia, colocando a mão sobre uma cópia da Constituição.
Em seu juramento não havia menção a Deus. “Prometo, pela minha consciência e honra cumprir fielmente as obrigações do cargo de presidente do governo, com lealdade ao rei, e fazer cumprir a Constituição como norma fundamental do Estado”, afirmou Sánchez no sábado.
Agora, a publicação católica The Tablet apresentou várias propostas do Partido Socialista que ele representa, acusando-os de ser anticatólicos, mas pró-Islã.
A revista salientou que Sánchez prometeu remover os símbolos religiosos das instituições, bem como acabar com o financiamento público para a Igreja Católica, que congrega a maioria da população do país (67%). Além disso, pretende remover a religião do currículo escolar.
Por outro lado, está fazendo acenos aos muçulmanos da Espanha, dizendo que dedicaria atenção especial à “plena incorporação de comunidades islâmicas ao projeto europeu e ao reconhecimento da contribuição árabe para a cultura europeia”.
Em outras declarações, afirmou que não permitirá que “qualquer denominação religiosa tenha tratamento preferencial”, embora diga que apoiará leis onde “as convicções e expressões ideológicas, religiosas, culturais e de gênero sejam respeitadas”.
Sánchez falou à revista espanhola El Plural: “Sou ateu e acredito que a religião não deve estar nas salas de aula, deve ficar só nas igrejas. Nas salas de aula você tem que formar cidadania, não pessoas com crenças religiosas, algo que é da esfera privada.”
Os líderes abertamente ateus têm aumentado na Europa nos últimos anos. França, Croácia e Grécia também tiveram políticos “não religiosos” no poder recentemente.
Evangélicos na Espanha
Os evangélicos, que são poucos no país, têm lutado contra os avanços da agenda socialista, que atinge diretamente as pautas morais. Ano passado, a Aliança Evangélica Espanhola fez uma campanha contra um projeto de lei que impedia os pais de opor-se à decisão dos filhos em passar por tratamento hormonal e cirurgias de mudança de sexo.
Os líderes evangélicos argumentavam que a crença de que “gênero fluido” é prejudicial, advertindo que o tratamento hormonal em crianças leva a “traumas profundos e irreversíveis”.
Eles ainda não se manifestaram sobre as propostas de Pedro Sánchez. Com informações Christian Post
Gospel Prime
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