Missionários libertados pela Coreia são recepcionados por presidente dos EUA
O três coreanos-americanos libertados pela Coreia Norte chegaram aos Estados Unidos na madrugada desta quinta-feira (10). Eles foram acompanhados pelo secretário de Estado, Mike Pompeo, que foi buscá-los pessoalmente.
O trio foi recepcionado pelo presidente Donald Trump, a primeira-dama Melania e o vice Mike Pence na porta do avião, assim que aterrissaram na base de Andrews da Força Aérea, perto da capital Washington.
Kim Hak-song, Kim Sang-duk e Kim Dong-chul foram libertados na quarta-feira (9), quando Pompeo se reuniu com o líder norte-coreano Kim Jong-un para acertar os detalhes da reunião de Kim com Trump. Embora o local e a data já tenham sido definidos, ainda não foram divulgados.
A agência de notícias norte-coreana KCNA divulgou que Kim aceitou o pedido dos Estados Unidos para libertar os presos que têm nacionalidade norte-americana e lhes concedeu anistia total. A expectativa é que a Coreia do Norte acabe com a perseguição religiosa após abertura política e o acordo de paz com a vizinha Coreia do Sul, após cerca de 70 anos de guerra.
Embora a maior parte da imprensa tenha ocultado, todos os presos eram missionários e foram condenados porque pregavam o evangelho, o que é proibido pelo regime comunista e considerado um ato de traição.
“Gostaríamos de expressar nossa profunda gratidão ao governo dos Estados Unidos, ao presidente Trump, ao secretário Pompeo e ao povo dos Estados Unidos por nos trazerem para casa. Agradecemos a Deus e a todas as nossas famílias e amigos que oraram por nós e pelo nosso retorno”, disseram os três em um comunicado divulgado à imprensa.
Todos são missionários
Tony Kim, também conhecido como Kim Sang Duk, de 59 anos, foi professor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang. Ele estava detido desde 22 de abril de 2017, acusado de “cometer atos criminosos de hostilidade destinados a derrubar o governo norte-coreano”. Embora não oficialmente, ele atuava como missionário, como todos os funcionários estrangeiros da Universidade, fundada e mantida até hoje por uma organização evangélica norte-americana.
Kim Hak Song, 55 anos, também trabalhou na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang antes de sua detenção em 6 de maio de 2017. Ele foi preso, sob suspeita de cometer “atos hostis” contra o governo do país. Em entrevista concedida antes de ser preso, ele admitiu que seu trabalho como professor era uma maneira de conseguir ficar no país, mas que ele se via como um missionário.
Kim Dong Chul, 64 anos, foi preso em outubro de 2015 e cumpre um mandado de 10 anos com trabalhos forçados por “espionagem”. Ele é pastor e, em sua “confissão” pública, Kim admitiu ser culpado de tentar espalhar o cristianismo entre os norte-coreanos.
A expectativa é que a soltura desses três cristãos seja o prenúncio de uma abertura na Coreia do Norte na questão da liberdade religiosa. Com informações de Associated Press e Reuters Via gospelprime.
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