Mal foi lançado o resultado da Pesquisa “Datafolha” na madrugada deste domingo dia 15, começou uma enchorada de críticas.
Isso porque pasmem vocês, mesmo com a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), trouxe o petista como líder absoluto na corrida eleitoral para presidente do Brasil.
A pesquisa aponta que Lula tem 31% das intenções de voto, Jair Bolsonaro (PSL) aparece em segundo, com 15%, seguido de Marina Silva (Rede), com 10%. Contudo, nos cenários sem o ex-presidente Lula, os dois ficam tecnicamente empatados na primeira posição.
O Datafolha fez 4.194 entrevistas, entre os dias 11 e 13 deste mês, em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Um dos críticos a última pesquisa foi o líder evangélico Silas Malafaia, que disse em sua conta do Twitter:
“LULA condenado e preso, impedido pela lei de concorrer à presidência, sai em pesquisa do datafolha. Como ele pode estar em 1º lugar, só anda cercado de militontos da CUT, vaiado aonde vai, diferente de Bolsonaro q é aclamado por onde passa. PESQUISA VERGONHOSA!”
“A PESQUISA DATAFOLHA É UMA AFRONTA AO POVO BRASILEIRO. Como um condenado e preso pela justiça pode entrar em uma pesquisa para presidente? Uma verdadeira vergonha! Um corrupto, chefe de quadrilha, tinha que ser ignorado. JORNALISMO A SERVIÇO DA BANDIDAGEM!”
O instituto de pesquisas Datafolha tem credibilidade zero, como ficou evidenciado na metodologia empregada em sua penúltima pesquisa meses atrás. Nela o instituto faz uma ilação sob a forma de pergunta ao consultado a respeito de Jair Bolsonaro, fazendo referência a uma suposta denúncia que não existe mas que foi plantada na imprensa pelo própria Folha de São Paulo, com o objetivo claro de induzir a resposta do consultado sobre sua preferência eleitoral.
A despeito dessa tentativa clara de manipulação, por meio de uma pergunta que induz a resposta do consultado, a pesquisa não conseguiu ocultar dois fatos inequívocos que nós já havíamos antecipado no Crítica Nacional no artigo intitulado Cenário Eleitoral Pós-Julgamento de Lula.
A Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada aponta que 46% dos entrevistados veem como injusta a prisão do ex-presidente Lula. e que ele irá disputar as eleições presidenciais de 2018.
O ex-presidente está preso na sede da PF em Curitiba desde 7 de abril. Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em junho do ano passado, em primeira instância, no caso triplex. Em janeiro, a condenação foi confirmada em segunda instância, com pena ampliada para 12 anos e 1 mês de reclusão.
Na última sexta (13), a defesa de Lula recorreu de uma decisão do ministro Edson Fachin, que negou um habeas corpus para evitar a prisão do ex-presidente. No recurso, os advogados pedem ao STF a soltura imediata de Lula.
A pesquisa DATAFOLHA cai em um descrédito sem limites, com infeliz ideia, de tentar emplacar Lula.
EXEMPLO AMERICANO MOSTRA A PILANTRAGEM NESTAS PESQUISAS
A diferença entre o que as pesquisas eleitorais para a presidência nos EUA mostravam e o que as urnas revelaram deixou muitos americanos e boa parte do resto do mundo em choque. Durante praticamente toda a campanha, as pesquisas mostravam liderança da candidata derrotada. Ao mesmo tempo, a maioria dos modelos de previsão mais respeitados apontavam para uma probabilidade relativamente pequena de vitória de Donald Trump – e deu no que deu. As pesquisas simplesmente erraram por lá. E por aqui, quanto erram nossas pesquisas eleitorais?
No Brasil, não é incomum encontrarmos também grandes diferenças entre as pesquisas eleitorais e os resultados finais dos pleitos. Por exemplo, na última eleição para prefeito de São Paulo, o Ibope divulgou na véspera das eleições que o então líder das intenções de votos, João Dória, tinha 35% dos votos válidos. Um dia depois dessa divulgação, Dória foi eleito com 53,1%.
Gospel Geral
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