A cientista política Viviane Petinelli disse que é incoerente uma mulher cristã apoiar uma causa como o aborto. Ela explica que a cosmovisão bíblica não se encaixa com as ideias progressistas que sustentam a prática de matar bebês ainda no ventre da mãe. Em entrevista ao programa Bate-Papo, ela explicou sua opinião.
“De Gênesis a Apocalipse, só há um, um único Deus que cria e tira a vida. O homem não é capaz de gerar a vida sozinho, não é capaz de montar o ser humano sozinho. O homem também não lhe foi dado o direito de tirar a vida. Não cabe ao ser humano tirar a vida de ninguém. Isso é um atributo de Deus”, explicou.
“Se nós olharmos os Dez Mandamentos, temos lá que um deles é ‘não matarás’. Independente da hipótese ou da situação, não nos cabe tirar uma vida. Esse grupo chamado ‘Mulheres pela legalização do aborto’ ou ‘Evangélicas pela legalização do aborto’ é de uma igreja no Rio de Janeiro. Na página dessa igreja eles explicam que adotam a interpretação da Bíblia que é progressista”, alerta a especialista.
“Eles leem a Bíblia a partir da visão do oprimido. Então, para o telespectador que não conhece essa visão do oprimido, é uma visão de Esquerda, Marxista e que qualquer tipo de Deus não existe na história, porque é uma visão ateísta de mundo, humanista e que o ser humano por si só é o seu Deus, o criador e o finalizador de todas as coisas. Ele é o próprio construtor da história”, coloca.
“A partir dessa visão é compreensível que elas estejam lendo a Bíblia por meio desta interpretação, que a mulher pode decidir em relação à vida do próprio filho. Então, uma vez que eu não quero você eu posso tirar você do meu ventre. Eu posso tirar sua vida, eu posso te assassinar por qualquer tipo de mérito”, ressalta.
“Então, nós temos que tomar cuidado, porque a forma com que nós lemos e de qual visão interpretamos a Palavra de Deus vai definir justamente as conclusões que nós tiraremos. Fica explicado porque elas estão procurando interpretar a Palavra de Deus através de uma visão pagã e de uma visão ateísta e não da própria visão de Deus, não pelo próprio Espírito Santo”, salienta.
“Nossas igrejas não estão percebendo esse fato, de que a mente das pessoas não é exatamente uma mente cristã em relação a todas as áreas da vida. Então a nossa interpretação em termos polêmicos é bem direcionada, mas como estão as outras áreas? A sociedade, a justiça social, a economia. As políticas públicas em geral, saúde, educação. Será que a nossa interpretação sobre essas outras áreas é uma interpretação bíblica? Ou é uma interpretação completamente contaminada de outra cosmovisão?”, questiona
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