A prisão do pastor Gean Carlos de Sousa,
responsável pela administração das casas de abrigos em Paraíso
interditadas a pedido do Ministério Público Estadual na última sexta,
20, chegou ao conhecimento do pastor Silas Malafaia e este, por sua vez,
gravou um vídeo em defesa do líder da Igreja Batista Ágape em Paraíso.
Para o pastor Silas a atitude do promotor foi “um ato covarde”.
Malafaia frisou ainda no vídeo que o pastor Gean tem feito um “trabalho espetacular com crianças marginalizadas”
e prometeu entrar com uma representação no Conselho Superior do
Ministério Público, pois para ele a investida do MPE contra o pastor foi
motivada por “interesses ideológicos.
O presidente do Conselho de Ministros Evangélicos do Estado do
Tocantins, Apóstolo Sérgio Paulo, tem organizado junto com outros
líderes uma série de protestos contra a prisão dos pastor Gean.
Pastor Sergio argumenta que a prisão do pastor é causada por perseguição
religiosa e eles não vão parar de protestar enquanto ele não for solto.
Após se manifestarem em frente a Cadeia
Pública de Paraíso na noite desta terça-feira (24), membros da igreja
Ágape se dirigiram na tarde desta quarta-feira para o Ministério
Público, onde fizeram manifestação, informou o Portal Benício.
Membros da Igreja Batista Ágape durante protesto na última terça, 24,. Foto: PortalBenício
Os participantes querem a soltura do
pastor Gean, líder da igreja, que foi preso na última sexta-feira,
acusado de maus tratos contra crianças atendidas pela ONG, “Meninas dos Olhos de Deus”
que pertence a Ágape. A defesa do Pastor Gean, liderada pelo advogado
Marcelo Cordeiro, já entrou com pedido de soltura e aguarda decisão
Judicial. O caso é um dos mais polêmicos ocorridos em Paraíso nos
últimos tempos, informou o portal.
Membros da Igreja Batista Ágape durante protesto na última terça, 24,. Foto: PortalBenícioEntenda
A partir de uma Ação Civil Pública (ACP)
representada pelo Ministério Público do Estado (MPE), que se originou de
denúncias anônimas, a Justiça determinou, na última sexta-feira, a
intervenção imediata das três casas de acolhimento mantidas pela
Associação Ágape, em Paraíso do Tocantins, a 63 km de Palmas. Na ação,
foram apresentados indícios de irregularidades na administração e crimes
praticados contra crianças e adolescentes.
Também ficou determinado que a
administração deverá ficar sob a responsabilidade do município,
afastamento da direção e funcionários, transferência de valores da conta
da associação para uma conta judicial, entre outras providências.
Na última quinta-feira (19), o MPE-TO
prendeu em flagrante uma cuidadora por maus-tratos e cárcere privado de
duas meninas. Também foi preso o pastor Gean Carlos de Sousa, que era
responsável pela administração das casas. O MPE chegou a classificar os
locais como “casas do horror” por causa dos crimes praticados contra os
acolhidos.
Considerada por anos como referência no acolhimento de crianças e
adolescentes em situação de risco, a Associação Ágape possui sede
instalada em anexo da Igreja Batista Ágape.
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