O senador evangélico Walter Pinheiro oficializou sua saída do PT na última terça-feira, 29 de março, após 33 anos de filiação. A decisão do parlamentar baiano coincidiu com o anúncio do PMDB de romper a aliança política com o governo.
Pinheiro, considerado um dos petistas mais moderados do Congresso Nacional, não anunciou se votará a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) quando o processo chegar ao Senado.
“[Walter Pinheiro] já vinha estudando a saída do partido desde o ano passado. A decisão coincidiu com o desembarque do PMDB do governo. Pinheiro mandou uma mensagem aos correligionários justificando a decisão. Petista histórico, com uma atuação independente internamente, o senador vinha manifestando discordância com os rumos do governo. Pinheiro deve ficar sem partido e não será candidato em outubro”, informou a jornalista Vera Magalhães, no site da revista Veja.
As denúncias que resultaram na atual crise política também respingaram em Walter Pinheiro há dois anos, quando foi citado nas primeiras fases da Operação Lava-Jato como um dos políticos beneficiários do escândalo de corrupção na Petrobras, juntamente com outros nomes da bancada evangélica, como o controverso Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Antes desse episódio, Walter Pinheiro já havia despertado a ira de Silas Malafaia por não se posicionar contra o famigerado PLC 122, que a título de combater a homofobia, propunha o cerceamento das liberdades de culto e crença.
Votação do impeachment
A estratégia de Eduardo Cunha para que a votação do impeachment aconteça no domingo, 17 de abril, pode não dar certo.A definição da data ainda não aconteceu, mas é provável que ainda exista muita discussão entre os parlamentares até que o cronograma final do trâmite do impeachment na Câmara seja anunciado.
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