Presidenta Dilma Rousseff
Por
Reinaldo Azevedo
O
pastor Silas Malafaia, que se tornou também alvo da militância que pretende
tirar o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara, escreve na Folha de hoje um artigo sobre
o tema. Encerra o texto com uma conclusão: “PT e Dilma Rousseff estão
sinalizando que abrem mão da comunidade evangélica nas próximas eleições”.
Seguem
trechos do texto:
Por
que tanta pressão para que Marco Feliciano não continue na Comissão de Direitos
Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados? Discordar é um direito,
porém não podemos ser contra alguém em tudo só porque não gostamos dessa
pessoa.
Eu
mesmo tenho divergências com Feliciano, mas não permito que as diferenças se
sobreponham ao meu senso de justiça e caráter. E, por trás dessa perseguição
que mobilizou a opinião pública e a imprensa, sei que existe um sórdido jogo
político para esconder questões sérias.
(…)
Toda
essa mobilização [contra Feliciano] tinha um motivo maior: desviar os holofotes
do PT. Afinal, enquanto se discutia a posse de Feliciano na CDHM, dois
deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão,
João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), tornaram-se membros da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a mais importante comissão
da Câmara.
No
currículo desses parlamentares do PT constam condenações por corrupção. Mas, a
imprensa se voltou apenas para o caso do deputado que fez declarações infelizes
(…).
Independentemente
de concordar ou não com as declarações de Feliciano, não posso esquecer que ele
foi eleito pelo povo e que tem o direito de expressar a sua opinião, sendo
resguardado pelo inciso IV, do artigo 5º da Constituição Federal. Mais do que
isso, a Carta Magna lhe garante o direito à liberdade religiosa (incisos VI e
VIII do mesmo artigo) (…)
Pergunto:
se a oposição pode acusar os que discordam deles de homofóbicos e racistas, por
que o povo evangélico não pode chamar essa perseguição de evangelicofobia?
Dentro desse Estado democrático de direito, onde a maioria é cristã, a
democracia só vale para a minoria?
O
fato é que os ativistas gays e seus defensores não suportam o debate. Pode-se
falar mal do presidente da República, do Judiciário, dos católicos, dos
evangélicos, mas, se criticarmos a prática homossexual, somos rotulados de
homofóbicos.
O
crime de opinião já foi extinto de nosso país com o fim da ditadura militar.
(…) Diante dessas manifestações, só podemos chegar a uma conclusão: PT e Dilma
Rousseff estão sinalizando que abrem mão da comunidade evangélica nas próximas
eleições.
Fonte: Veja
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