Ericsson era pastor da Primeira Igreja Quadrangular de Vitória, que fica no bairro Ilha de Santa Maria.
Em depoimento informal, o suspeito disse que mantinha uma relação homoafetiva com o pastor e que moravam juntos há uma semana. Ainda segundo o pedreiro, ele decidiu acabar com a relação devido à atividade de Ericsson como pastor.
Segundo o agressor, a vítima não teria aceitado o fim do relacionamento e uma discussão foi iniciada. Durante a briga, o ajudante de pedreiro acabou matando o pastor.
O assassino confesso foi encaminhado à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, onde presta depoimento formal ao delegado.
A versão do criminoso, no entanto, foi totalmente desmentida pela namorada do pastor, Carolina Burzlaff.
"Essa história que ele está contando é ridícula. Não existe a menor possibilidade. Ele estava drogado, cometeu o crime drogado e está inventando isso não sei por quê", disse a namorada do pastor.
Investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa estiveram no apartamento, localizado no nono andar do prédio, e encontraram o corpo do pastor na suíte da unidade. O instrumento utilizado no crime foi uma faca de cozinha, deixada pelo assassino em cima da mesa. A polícia acredita que houve luta corporal, já que a casa estava revirada com objetos quebrados.
Dependente químico
Quem encontrou o corpo do pastor foi um sobrinho dele, de 22 anos, que morava no mesmo apartamento, segundo a namorada de Ericsson.
A namorada afirmou ainda que o ajudante de pedreiro era amigo da família há cinco anos e que era dependente químico. O pastor, segundo ela, ajudava o pedreiro pagando o aluguel dele e o tratamento para que se livrasse das drogas.
"O pedreiro tinha problemas com drogas, sempre entre idas e vindas e internações. Ontem fomos todos juntos a uma igreja com ele. Foi a última vez que vi o assassino", contou a mulher.
A namorada usou o Facebook do pastor para divulgar uma nota oficial sobre a morte dele.
Fiéis
Na tarde desta segunda, fiéis da Primeira Igreja Quadrangular de Vitória foram até o prédio onde ele morava para aguardar a liberação do corpo, que aconteceu por volta das 16h.
O pintor Lourival Pacheco, que frequenta a igreja há 13 anos, disse que o pastor ajudava a pessoa que o matou e que o religioso não tinha inimizades. "Era tudo para nós. Nosso pastor, nosso amigo, nosso querido", falou Lourival.
Fonte: G1
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