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‘Botei filho na escola para aprender português, matemática e não gênero’, diz pastor Malafaia



Se apostarem no “politicamente correto”, podem ir se preparando para “seguir seu
caminho” em 2018, pois os valores evangélicos são “inegociáveis”. Eis a mensagem que o pastor Silas Malafaia passou ao prefeito João Doria e ao governador Geraldo Alckmin, engalnhados numa guerra de bastidores pelo título de presidenciável tucano na próxima eleição.


Recado dado -e recebido com gargalhadas e mãos ao alto, em gesto de oração, pela dupla nesta quinta-feira (17), na abertura da ExpoCristã, feira do mercado evangélico. A birra maior é com a “ideologia de gênero”, disse Malafaia no palco onde Doria e Alckmin sentaram lado a lado, à frente da bandeira do Brasil projetada num telão.

Indigesta para igrejas evangélicas em geral, a ideia prega que masculino e feminino são construções sociais, e não biológicas. Logo, ser heterossexual não seria natural ao ser humano.


A inclusão de termos como “ideologia de gênero” e “orientação sexual” no currículo escolar é combatida pela bancada evangélica na Câmara, que também rejeita a possibilidade de alunos transgêneros usarem o banheiro que preferirem (a trans idêntica com a identidade feminina seria, portanto, obrigada a usar o toalete masculino).

Declarando-se a favor do “gênero humano”, Malafaia armou que noções como
essas são “uma das maiores engenharias do diabo para destruir a família”.

O líder da carioca Assembleia de Deus Vitória em Cristo lembrou que evangélicos
e católicos, somados, representam a maioria da população brasileira -80%,
segundo pesquisa Datafolha.

Nada mais lógico que a vontade do bloco cristão deva ser soberana, disse. “Como maioria num Estado de direito, vamos nos fazer prevalecer e isso é inegociável. […] Quem quiser fazer graça com o politicamente correto Segue aí o seu caminho. Não vamos entrar nesta furada de jeito nenhum.”

O pastor Jabes Alencar (Assembleia de Deus Bom Retiro) brincou após o amigo Malafaia encerrar a fala: “Como ele está calmo o Rivotril não estava vencido”. Minutos antes, os tucanos tomaram café da manhã com o pastor, chamado de “amigo” pelo prefeito (“tive o privilégio de compartilhar a mesa ao seu lado”).

Malafaia armou à reportagem que os dois trocam mensagens no WhatsApp. Numa delas, em julho, aconselhou Doria a deixar o PSDB para driblar a batalha interna e disputar o pleito do ano que vem (o tucano respondeu que estava “analisando” o cenário).

A declaração da liderança carioca ressonou entre os colegas. “Não é colocar crente na Presidência, é colocar alguém que defenda nossos valores”, disse o pastor Claudio Duarte.
“Botei lho na escola para aprender português, matemática”, e não ideologia de gênero, armou.

(Novo Notícias)

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