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Silas Malafaia chama exploração da fé de “conversa fiada” e sugere que clérigos católicos seriam “apadrinhados de Lula”











Logo depois das cenas de tumulto e hostilidade causados pela passagem de Jair Bolsonaro (PL) no Santuário Nacional de Aparecida, no dia dedicado à santa, o pastor Silas Malafaia chamou de “conversa fiada” acusações de que o presidente teria instrumentalizado a fé para benefício eleitoral e sugeriu que clérigos católicos se alinham com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Se um cara que não é evangélico chega na minha igreja, ele tem acesso. Como é que um cara que é católico e chega na Igreja Católica não tem acesso? Ou é porque Lula não foi, e eles são apadrinhados de Lula?”, disse o pastor à Folha. “Essa que é a questão. O que Lula faz, pode. O que Bolsonaro faz, não pode. Essa conversa fiada enche o saco.”





A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) havia criticado, na véspera do feriado, “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno”. Na quarta (12), o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, disse ser “preciso vencer os dragões do ódio e da mentira” em fala que precedeu a visita de Bolsonaro e foi encarada como dirigida a ele.

Após o presidente partir, o padre Camilo Júnior parabenizou “a você que está aqui dentro da Basílica, rezando, você que entendeu que hoje é dia de Nossa Senhora Aparecida”. Continuou: “É a ela as nossas palmas, é a ela a nossa aclamação, é a ela o nosso viva”. Disse ainda que o momento não era para pedir votos, mas bênção à Padroeira do Brasil.

Católico que vê nos evangélicos uma das suas bases mais sólidas, Bolsonaro não errou, segundo Malafaia, seu maior cabo eleitoral no segmento evangélico. “Primeiro que ele não foi pedir voto. Tenho os vídeos aqui. A passagem de Bolsonaro dentro da Basílica, o povo ovacionando, ele calado, não aperta a mão, não para. Então essa conversa é fiada, na minha opinião.”

Bolsonaro está no Recife para encontros com lideranças evangélicas locais e nacionais, na esperança de aumentar sua votação na região que deu maioria de votos a Lula no primeiro turno.


Malafaia disse ainda que o petista não foi à Aparecida por temer a reação popular. “E por que Lula não foi lá? Ficou com medo de ser chamado de ladrão?”

O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo também comentou cenas em que apoiadores do candidato à reeleição hostilizaram equipes de TV, alguns com cerveja na mão.

“Bolsonaro agora vai controlar pessoas? Cada um é responsável por suas asneiras e seus acertos. Não posso transferir para o presidente atitudes erradas de um evangélico que faz uma loucura, que bate em alguém porque vota em Lula, ou porque xinga. Numa multidão de gente, tem cara que não tem senso.”

Fonte: Folha de São Paulo e Carta Capital

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