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Corrida contra o tempo: "janela partidária" se fecha no sábado, 4 de abril

4 de abril. Sábado próximo. Começa a contagem regressiva de seis dias, a contar a partir deste domingo, 29, para quem deseja disputar as eleições municipais 2020 se filiar a um partido político e/ou trocar de partido. A reta final da chamada “janela partidária” será bem nervosa, diante do isolamento imposto pelo novo coronavírus (COVID-19), mas, principalmente, pela dificuldade do próprio ambiente político-eleitoral modificado pelo fim das coligações proporcionais.
Antes, nesse período, havia certa facilidade de partidos, tradicionais ou alternativos, porque eles transferiam as definições para as convenções partidárias onde eram definidas as coligações e nominatas para a disputa proporcional. As negociações beneficiavam aos grandes e abasteciam os pequenos com todo tipo de mercadoria, que quase sempre aceitavam servir de “esteiras” para eleger os políticos tradicionais.
Vale ressaltar que a partir das eleições deste ano, além de proibida a coligação proporcional, outras regras impactam os pretensos candidatos às Câmaras Municipais. Uma delas é que para ser eleito, o candidato a vereador terá que ter uma votação que correspondam a 10% do quociente eleitoral. Por se exemplo, se em Mossoró quociente eleitoral for de 6.500 votos, o candidato terá que receber pelo menos 650 votos. Se não alcançar esse patamar, não será eleito mesmo que o seu partido tenha alcançado o quociente eleitoral.
A nova realidade provoca uma carreira desenfreada nos bastidores da sucessão mossoroense. Nos últimos dias, mesmo na quarentena, os vereadores e pré-candidatos estão negociando possibilidades, mas, também, enfrentando forte resistência. Os pedidos e ofertas, aquém do esperado, não batem. Todos querem garantias, algo impossível na nova realidade.
Os atuais vereadores são os mais preocupados, principalmente os que fazem parte da bancada governista e que precisam de partidos estruturados (leia-se com as chamadas “esteiras”) para renovar seus mandatos. Uns dez vereadores estão nessa situação.
Precisam trocar de partido até o fim da “janela” no sábado que vem: Ricardo de Dodoca, Manoel Bezerra, Maria das Malhas, Emilio Ferreira, Tony Cabelos, Flavinho Tácito, Rondinelli Carlos, Alex Moacir e Aline Couto. Certamente, eles optarão por dois ou três partidos onde formarão “chapões”.
Também precisam articular suas nominatas o PSDB, de Sandra Rosado, e o MDB, de Izabel Montenegro. Já o PP, do vereador Francisco Carlos, provavelmente abrirá as portas para receber um bom número de vereadores situacionistas.
Na oposição, a situação também é bem delicada. Os vereadores Alex do Frango (PMB), Petras Vinícius (DEM) e Ozaniel Mesquita (PL) estão em partidos isolados. Precisam convencer novos filiados nesse reta final. Raério Cabeça, recém-filiado ao PSD, enfrentará dificuldade com a provável saída de três vereadores: Maria das Malhas, Tony Cabelos e Emílio Ferreira. Já João Gentil (REDE) e Genilson Alves (Pros) são uma incógnita, apesar do forte trabalho de bastidores.
Situação tranquila é do vereador Gilberto Diógenes, do PT, que decidiu não ser mais candidato.

por Carlos Santos

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