A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, deveria interromper imediatamente o julgamento da suposta tentativa de golpe de Estado. A declaração ocorreu nesta terça, 02 de setembro, após o depoimento do ex-auxiliar de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, na Comissão de Segurança do Senado.
Tagliaferro, que se encontra exilado na Itália, apresentou documentos e alegou que todas as ações da investigação conduzida no âmbito do processo teriam sido “forjadas”. A participação dele no colegiado trouxe repercussão imediata entre os parlamentares presentes.
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Damares disse que a revelação compromete a continuidade do julgamento no Supremo. “Isso tem que ser encaminhado hoje para o ministro Barroso e ele, de ofício, tem que interromper aquele julgamento. Aquele julgamento está contaminado, as provas estão contaminadas”, declarou.
A parlamentar reforçou que, em sua avaliação, a denúncia se configura em grave atentado contra garantias individuais. “Qualquer estudante de direito sabe que tem que interromper aquele julgamento hoje. Chega, gente! Olha só, as provas estão aí. Eu sou militante de direitos humanos há mais de 35 anos. O que nós estamos vendo aqui é uma grande violação de direitos humanos. Pessoas foram acusadas, busca e apreensões foram feitas, pessoas foram presas com provas falsas, provas forjadas por um magistrado. Esse magistrado tinha que ser preso hoje”, afirmou.
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Apesar de ressaltar divergências com o presidente do STF, a senadora disse confiar na seriedade de Barroso. “O ministro Barroso – olha, vou dizer uma coisa, eu tenho diferenças com o Barroso, mas ele é um jurista sério – teria que interromper esse julgamento hoje. O Brasil precisa ver o que nós estamos vendo aqui. O Barroso tem que ter acesso em material hoje e tem que tomar uma providência. E o Davi Alcolumbre também. Que raio de Senado nós somos? Depois de tudo isso aqui, [se] a gente não fizer nada ainda hoje…”, questionou.
O depoimento de Tagliaferro e a cobrança de providências por parte de Damares ampliaram a pressão sobre o STF e sobre o Senado em meio ao julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados.
Gospel Prime
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