
O pastor Silas Malafaia, um dos maiores líderes evangélicos do Brasil, está sendo investigado pela Polícia Federal, conforme noticiado na noite desta quinta-feira (14). O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec) foi incluído no mesmo inquérito que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o influenciar Paulo Figueiredo neto do ex-presidente João Figueiredo.
O inquérito, aberto em maio, apura ações contra autoridades, além do Supremo Tribunal Federal (STF) e de agentes públicos, e a busca por sanções internacionais contra o Brasil. Essas ações, segundo o ministro Alexandre de Moraes, do STF e relator do caso, buscam atrapalhar o andamento do processo no qual Jair Bolsonaro é réu por suposta tentativa de golpe de Estado. Os crimes investigados são: coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, declarou apoio ao pastor Silas Malafaia, afirmando que o líder religioso é alvo de perseguição não apenas política, mas também religiosa. “Nós estamos ao seu lado. Se não bastasse a perseguição política contra conservadores e pessoas de direita, agora vemos também a perseguição religiosa, seguindo o mesmo roteiro de ditaduras mundo afora”, afirmou Sóstenes.
O parlamentar, que é pastor assembleiano, destacou a relevância de Malafaia no cenário evangélico e político brasileiro. “O pastor Silas Malafaia é uma das vozes mais importantes do segmento evangélico. Nunca escondeu suas opiniões políticas como cidadão, liderando, ao lado do presidente Bolsonaro, as maiores manifestações políticas do país. Tenho certeza, pastor, que isso só irá fortalecê-lo.”
Sóstenes também classificou o momento como um exemplo claro de perseguição. “Infelizmente, fica cada vez mais caracterizada a perseguição política e, agora, também religiosa. Nossa solidariedade é total. A Frente Parlamentar Evangélica vai se manifestar e vamos agir para mostrar ao mundo que o ministro Alexandre de Moraes e a Polícia Federal estão a serviço de um regime com traços de ditadura.”
Intimidação e perseguição
O deputado federal e pastor Otoni de Paula (MDB-RJ) também criticou a decisão que incluiu o pastor Silas Malafaia como investigado pela Polícia Federal. Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar classificou a medida como uma “clara tentativa de intimidação”.
“A inclusão do nome do pastor Malafaia no inquérito da PF é uma clara tentativa de intimidação. Investigar Malafaia por coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito é uma piada”, escreveu o deputado evangélico.
Na mesma linha, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) manifestou apoio ao pastor Silas Malafaia em meio às recentes críticas e investigações envolvendo o líder religioso. Em pronunciamento, Feliciano afirmou que os ataques a Malafaia representam, na prática, uma ofensiva contra a fé e a liberdade religiosa no país. “Quando atacam um pastor, não é só um homem que está na mira, é a igreja, é o altar, é a fé e a liberdade religiosa”, declarou.
Para o parlamentar, Malafaia “nem precisa de defesa” por ter, de acordo com ele, “vida ilibada” e um histórico de mais de 40 anos de ministério, sustentando obras sociais e evangelísticas no Brasil e no exterior. “Querem criminalizar a igreja, ridicularizar quem prega a verdade e calar quem não se curva”, afirmou, citando o versículo bíblico de Mateus 5:10: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.”
Para o deputado, Malafaia incomoda por ser “livre para se contrapor a tudo que não presta” e por não se adequar ao que ele chamou de “pressões ideológicas”. Feliciano concluiu o discurso com um recado direto aos críticos: “Nós não recuamos. O céu, algo que vocês não acreditam, ainda nos respalda.”
Comunhão
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