
Em uma tentativa clara de reconstruir pontes com o eleitorado evangélico — um dos grupos mais críticos à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva —, o Partido dos Trabalhadores (PT) dará início, em maio, ao curso “Fé e Democracia para Evangélicos e Evangélicas”, em São Paulo.
A iniciativa é promovida pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, e busca fortalecer o diálogo entre lideranças religiosas e militantes petistas.
De acordo com dados recentes do instituto Datafolha, quase metade dos evangélicos (49%) avalia o atual governo como ruim ou péssimo, enquanto apenas 19% demonstram aprovação. Esse cenário acendeu um alerta dentro do PT, que passou a considerar ações mais diretas de aproximação com o segmento.
Entre os nomes confirmados na formação está a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), histórica figura ligada à intersecção entre política, fé e pautas sociais. Outras lideranças religiosas filiadas ao partido também devem compor o corpo de palestrantes e debatedores.
O curso integra uma estratégia mais ampla do PT, que já em 2024 havia promovido ações similares, incluindo uma formação sobre religião e democracia, além da produção de vídeos com depoimentos de cristãos militantes. No ano passado, o partido também lançou uma cartilha direcionada a seus candidatos, com dicas sobre como abordar e dialogar com o público evangélico durante campanhas eleitorais.
Petistas enxergam essa aproximação como essencial para ampliar a base de apoio até as eleições de 2026, em um cenário onde a disputa por votos no segmento religioso tende a se intensificar.
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A iniciativa é vista como uma resposta ao crescimento da influência de políticos conservadores entre os evangélicos, grupo que tem sido, em sua maioria, resistente às pautas progressistas defendidas pelo PT. As informações são dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.
Rejeição do Governo Lula entre Evangélicos: Panorama Atual
A relação entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o eleitorado evangélico tem sido marcada por uma crescente desaprovação. Dados recentes indicam que 62% dos evangélicos desaprovam a gestão, enquanto apenas 34% a aprovam . Esse cenário reflete uma tendência de aumento na rejeição desde o início do mandato, quando a desaprovação era de 56%.
Possíveis Causas da Rejeição
Diversos fatores contribuem para essa postura crítica do eleitorado evangélico:
Pautas Conservadoras: O avanço de pautas progressistas em áreas como educação sexual e direitos LGBTQIA+ é frequentemente visto como incompatível com os valores tradicionais defendidos por muitas lideranças evangélicas.
Influência da Oposição: Líderes evangélicos alinhados à oposição, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, têm reforçado narrativas que associam o governo Lula a políticas contrárias aos princípios cristãos, ampliando a desconfiança.
Falta de Diálogo: Apesar de tentativas iniciais de aproximação, como reuniões com líderes religiosos, muitos evangélicos percebem uma ausência de diálogo contínuo e efetivo por parte do governo.
Fuxico Gospel
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