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Crise Política em Patu: Vereadora Denuncia Compra de Votos e Favorecimento na Gestão Municipal








Patu/RN – Em novo desdobramento da grave crise político-eleitoral que abala o município de Patu, a vereadora da base governista, Magda Godeiro (MDB), fez duras declarações contra a atual gestão municipal, revelando esquemas internos de favorecimento e a prática de promessas de cargos públicos em troca de votos.

Segundo a vereadora, durante a campanha eleitoral, ela própria teria prometido empregos em órgãos públicos a eleitores em apoio à candidatura de Ednardo Benigno de Moura, hoje investigado na Justiça Eleitoral. No entanto, após a eleição, os espaços políticos prometidos não teriam sido entregues a ela e a seu grupo político.

Em seu desabafo, Magda relatou que, enquanto ela e seus apoiadores foram preteridos, figuras próximas ao núcleo do poder, como Francisco Ferreira de Araújo Neto, conhecido como Cafun, teriam sido amplamente beneficiadas. Segundo a denúncia, Cafun, parente de Ednardo Moura e aliado do ex-prefeito Rivelino Câmara, estaria recebendo aproximadamente R$ 25.000,00 mensais por meio de dois contratos de locação de veículos junto à Prefeitura Municipal — todos firmados sem licitação pública e sem comprovação de recolhimento de tributos.

Além do desabafo, a vereadora indicou cargos que supostamente foram dados a outros vereadores eleitos como forma de recompensa pela eleição de Ednardo, desde a criação de secretarias até as transferências de médicos de outras cidades, como o caso da mãe do Vereador Vinícius Godeiro (PP), cuja a mãe foi transferida de Caraúbas para Patu nos primeiros dias de janeiro de 2025.


As informações foram confirmadas a partir de documentos obtidos via Tribunal de Contas do Estado e reforçam o quadro de denúncias já levantadas na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que tramita na 37ª Zona Eleitoral. No bojo da investigação, pesa sobre Ednardo Moura, Rivelino Câmara e aliados, acusações de abuso de poder político e econômico, compra de votos e uso indevido da máquina pública.

A situação expõe uma profunda rachadura na base de apoio do governo municipal e levanta sérias questões sobre a legitimidade do último pleito. Além disso, evidencia que, em vez de priorizar a meritocracia e a legalidade, a atual gestão teria instituído um sistema de recompensa eleitoral sustentado por recursos públicos.

A AIJE, que já se aproxima da fase final de julgamento, poderá resultar na cassação dos diplomas dos investigados e convocação de novas eleições em Patu, caso as denúncias sejam confirmadas.


Até o momento, a Prefeitura de Patu não se manifestou oficialmente sobre as denúncias.

Por Saulo Spinelly

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