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Crise em Angola: pastores da Igreja Universal são deportados











Mais um grupo de brasileiros da Igreja Universal foi deportado de Angola nesta terça-feira (18). Ao todo, foram 14 pessoas: seis pastores acompanhados das esposas, a filha de um dos casais e a esposa de um pastor, deportado na semana passada. O grupo deve chegar ao Brasil na tarde desta quarta-feira (19).

A embaixada e o consulado brasileiros em Angola acompanharam o embarque e emitiram documentos de urgência para que os brasileiros, que tiveram os passaportes retidos por autoridades angolanas, pudessem viajar.

Os diplomatas brasileiros tentam promover uma reunião de urgência entre integrantes do governo angolano e parlamentares brasileiros liderados pelo deputado Marcos Pereira, presidente nacional do partido Republicanos.

Momentos de terror

Os missionários da Igreja Universal deportados de Angola no início deste mês, relataram em um programa de TV todo o sofrimento que passaram no país africano. Alguns trabalhavam há 20 anos em projetos sociais no país africano.

Perseguição religiosa e política, xenofobia, falsificação de documentos feitas por autoridades angolanas, omissão e falha do governo brasileiro para evitar a expulsão foram os temas abordados.

Por quase duas horas, eles relembraram os momentos de terror que viveram até serem expulsos de Angola.

Governo brasileiro omisso

O Ministério das Relações Exteriores foi criticado pelo jornalismo da Record TV, emissora ligada a Igreja Universal, por omissão no caso de missionários brasileiros deportados de Angola.

Uma reportagem, onde diz que “uma das principais funções de um Ministério das Relações Exteriores é proteger o cidadão de um determinado país quando ele corre risco em outro”, acusa o Itamaraty de ter falhado nessa missão.

Os religiosos, de acordo com a reportagem, ficaram um dia inteiro no aeroporto, sem comunicação e sem alimentação e foram expulsos de maneira arbitrária, em completo desrespeito aos direitos humanos e a tratados internacionais, e tudo o que a diplomacia brasileira fez, parece ter sido “acompanhar a situação”.

“Para especialistas do direito internacional, foram falhas graves na condução do caso pelo governo brasileiro”, atca a matéria da Record TV.

Rompimento com Bolsonaro

O governo do presidente Jair Bolsonaro vê crescer a ameaça de perder o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus. Foram emitidos alertas de um possível desembarque a partir de pessoas próximas ao bispo Edir Macedo, fundador da igreja, e de congressistas do Republicanos, partido ligado à instituição evangélica.

Na sexta-feira, 14, o bispo Renato Cardoso, responsável pela Igreja Universal no Brasil e genro de Edir Macedo, criticou diretamente o governo Bolsonaro em entrevista ao Jornal da Record –emissora de Macedo.

Cardoso falou em “decepção” e apontou “omissão” por parte do governo no caso envolvendo conflitos sobre a permanência de pastores da Igreja Universal em Angola.

Diante da omissão do governo brasileiro, a Frente Parlamentar Evangélica cobrou, nesta segunda-feira (17), que o governo Jair Bolsonaro realize uma defesa enfática da Igreja Universal do Reino de Deus na crise da instituição em Angola.

Durante a reunião, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que o presidente Jair Bolsonaro ligará para João Lourenço, presidente da Angola, para tratar do conflito de missionários expulsos do país africano de maneira arbitrária.

“Dessa vez, o presidente Jair Bolsonaro disse que vai ligar para o presidente da Angola e pedir para que o grupo seja atendido lá [no país africano], com algum representante da igreja aqui do Brasil, junto com o deputado Marcos Pereira, que tem comandando essa frente. […] A nossa preocupação são os brasileiros que lá estão”, informou o deputado federal Milton Vieira (Republicanos-SP).





Questionado se o chanceler apresentou justificativas para a demora da atuação do ministério no conflito, o parlamentar negou. “Não, não deu justificativa, porém disse que vem trabalhando, vem acompanhando de perto toda essa questão”, comentou.

Vieira afirmou também que o chanceler pediu a Bolsonaro para que tomasse a frente do conflito, o que foi autorizado pelo chefe do Executivo.

“O presidente autorizou que ele [ministro das Relações Exteriores] tomasse a frente, de se criar uma comissão para ir a Angola, para poder cuidar dessa questão, embora já houve outras comissões que foram, mas não tivemos resultado.”

Fonte: R7

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