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Pastores visitarão Bolsonaro em resposta às recentes criticas de Lula às igrejas




Lideranças evangélicas, capitaneadas pelo pastor Silas Malafaia, vão nesta segunda-feira, 15 de março, ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, em um gesto que foi planejado para soar como um recado às manifestações políticas recentes de Lula (PT).




O cenário real da política brasileira hoje é que o ex-presidente, réu em diversos processos, poderá ser candidato ao Palácio do Planalto novamente em 2022, já que a decisão de anular suas condenações, tomada pelo ministro Luiz Edson Fachin, do STF, removeu os impedimentos impostos pela Lei da Ficha Limpa.

Dessa forma, Malafaia será recebido por Bolsonaro, juntamente com Estevam Hernandes, líder da Igreja Renascer em Cristo, César Augusto, fundador da Igreja Fonte da Vida, e Renê Terra Nova, do Ministério Internacional da Restauração (MIR), além de outros líderes evangélicos.

A demonstração de resistência a Lula é apenas um gesto que traduz o que, nos bastidores, trata-se como uma convicção: o relacionamento com o Partido dos Trabalhadores, qualquer que seja o candidato, é algo fora de cogitação. “Lula está ferrado com os evangélicos!”, disse Malafaia, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo.



Provocação e resposta

Os líderes evangélicos subiram o tom contra Lula depois que o ex-presidente, na última quarta-feira, 10 de março, atacou as igrejas ao falar sobre a pandemia: “Muitas mortes poderiam ter sido evitadas, muitas mortes. E que o papel das igrejas é ajudar para orientar as pessoas, não é vender grão de feijão ou fazer culto cheio de gente sem máscara, dizendo que tem o remédio pra sarar”.

Essa postura, politicamente correta e agradável aos comentaristas da grande mídia, contrasta com a celebração feita por ele no início da pandemia. Na ocasião, Lula comemorou a existência do vírus como uma forma de atrapalhar o governo Bolsonaro: “Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus para que as pessoas enxerguem, que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar a solução a determinadas crises”, disse.

Em resposta à crítica recente de Lula às igrejas, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), subiu o tom: “Lava a boca pra falar da igreja, cachaceiro!”.

“A grande maioria dos que apoiaram Lula no passado sofreram grande decepção diante de tanta corrupção e também com as medidas ideológicas que vão contra os nossos princípios”, disse o apóstolo Cesar Augusto. Para ele, o apoio a Bolsonaro se justifica porque o presidente “soube interpretar os anseios do cidadão comum brasileiro, de todos que valorizam a família, o patriotismo e a fé alheia”.





Rina, líder da Bola de Neve Church, fez avaliação parecida: “[Em 2018] quase 100% dos líderes cristãos importantes apoiaram um único candidato. Há uma pequena ala que, independentemente do cenário, estará alinhada aos pensamentos dos partidos de esquerda e consequentemente com Lula”.

“Os demais que apoiaram Lula antes não o fizeram por convicção política ou cumplicidade ideológica. Talvez por conveniência, talvez por ignorância […] o fenômeno que ocorre hoje surgiu do fato de estar muito claro e evidente, para esta mesma liderança, a abismal incompatibilidade entre a ideologia marxista e os princípios e valores cristãos”, acrescentou.
Rejeição

Samuel Câmara, pastor da Igreja Mãe das Assembleias de Deus no Brasil, em Belém (PA), também deverá participar da reunião com Bolsonaro. Hoje, rejeita a possibilidade de reeditar seu apoio ao ex-presidente petista, e considera que o cenário é bem parecido entre os demais líderes evangélicos: “É mais difícil ganhar de novo a amizade de um amigo ofendido do que conquistar uma fortaleza”.

“Os evangélicos estarão com Bolsonaro, pois estamos certos de três coisas: a pauta de perversão dos costumes continuará paralisada, teremos um ministro evangélico no Supremo Tribunal Federal e a embaixada brasileira estará em Jerusalém”, avaliou o pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP).



O cenário da eleição em 2022 é visto como muito claro pelo deputado federal: “Todas as demais candidaturas viraram pó, pois é impossível que os dois não estejam no segundo turno”, apostou.

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