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Damares Alves diz que governos estaduais e municipais cometeram “exageros” contra a liberdade religiosa



A ministra Damares Alves disse em uma entrevista concedida na última terça-feira, 28 de abril, que o seu Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos está observando e acompanhado os “exageros” cometidos por autoridades do Poder Executivo nas esferas estaduais e municipais contra a liberdade religiosa.

O assunto foi abordado pelo jornalista Silvio Navarro, apresentador do programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, que questionou como o governo do presidente Jair Bolsonaro tem monitorado o impacto que o impedimento das igrejas em dar andamento às suas ações sociais tem causado nas periferias.

“Neste momento, muitas igrejas, muitos templos, muitos centros espíritas e diversas religiões estão fechados, e a gente sabe que nas periferias, a população mais vulnerável, essa figura do pastor, padre, um líder espiritual é muito importante para enfrentar um momento de dificuldade, porque essas pessoas muitas vezes não têm acesso a tratamento psiquiátrico, psicológico, então essa figura desse líder é muito importante”, avaliou Navarro.

Em seguida, o jornalista questionou quais são as orientações do Ministério: “Como fazer nesse momento? O que a senhora recomenda para essas pessoas, que precisam de apoio, precisam conversar, buscar alguma energia, força para enfrentar dias tão difíceis. Muita gente está perdendo emprego, por exemplo”.

Damares Alves aproveitou a oportunidade para destacar que as igrejas, tanto católicas quanto evangélicas, assim como templos de outras religiões, têm atuação que vai além do que muitas pessoas imaginam, inclusive com apoio na alimentação básica.

“Não é só o conforto espiritual, emocional, que o povo busca na igreja. É a comida, também. É o socorro. É também uma mãe que está com o filho, lá no interior da Amazônia, e o filho tem um surto psicótico neste momento, por abstinência de drogas ou porque já tem doença mental. Tu acha que no interior lá tem psiquiatra de plantão esperando essa mãe para atender? Essa mãe, naturalmente, vai bater na paróquia, na casa pastoral, na casa paroquial. Essas casas estão fechadas porque o prefeito mandou fechar”, contextualizou.


A ministra lembrou que o decreto do presidente que permitiria que igrejas mantivessem seus trabalhos que ocorrem fora do momento de culto foi mal interpretado e alvo de ações judiciais: “Neste momento, moradores de rua… são as igrejas que acolhem! Aí fecha-se igreja. Então, o que eu entendo? Quando o presidente Bolsonaro trouxe um decreto que as igrejas precisavam ficar abertas consideradas como serviços essenciais, nós pensamos na ação social que as igrejas fazem. Nós precisávamos dos templos abertos, não para grandes aglomerações, mas também para atendimento e socorro em momentos de emergência, mas não foi compreendido”.





O autoritarismo latente de administradores Brasil afora também foi criticado: “Chegamos a ver prefeitos de interior aplicando multas de R$ 90 mil se a igreja abrisse as suas instalações. Não era nem o templo. Bastava ver uma salinha da igreja aberta. […] Mais um exagero que nós vimos no Brasil”.

Por fim, a ministra lembrou o caso ocorrido em Santa Catarina, onde um culto doméstico entre familiares foi invadido pela Polícia Militar e interrompido por ordem, via decreto, do governador Carlos Moisés (PSL): “Chegamos a ver culto de oração em casa… Uma família fez um culto de oração em casa, com cinco pessoas, a Polícia chegou lá e levou as cinco pessoas embora. O que a gente está vendo realmente, até no direito à fé, no direito à crença, também, alguns exageros no Brasil”, reiterou.

Confira a íntegra da entrevista:
Fonte: Gospel Mais

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