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Marina Silva diz que queda em pesquisas se dá por não fazer “do púlpito palanque”



A queda nas pesquisas de intenção de voto foi tema de comentários da candidata Marina Silva (Rede) durante uma entrevista na última quinta-feira, 13 de setembro. No entendimento da ex-senadora, a oscilação faz parte do jogo e a participação no segundo turno ainda é possível.

A entrevista concedida à Rede Gênesis, fundada pela Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, foi pontuada, principalmente, pela insatisfação dos telespectadores com a postura de Marina Silva a respeito do aborto.



Questionada sobre o tema, Marina voltou a dizer que é pessoalmente contra, mas insistiu que uma eventual mudança na lei vigente precisa passar por um plebiscito: “Como sou contra o aborto, tenho defendido que essa questão não seja decidida só pelos 513 deputados. Mas o presidente da República não convoca plebiscito, quem convoca é o Congresso. Pelas minhas convicções éticas, filosóficas e religiosas sou contra o aborto. Que se trabalhe os meios para que a mulher não lance mão de uma medida extrema, como o planejamento familiar. Sou a favor da vida, da vida em abundância”, declarou a candidata.

Sobre sua queda nas pesquisas de intenção de voto junto aos evangélicos, Marina destacou que esse fator talvez seja impulsionado por sua conduta: “Não uso o palanque como púlpito, nem o púlpito como palanque”, afirmou.

“Há nove meses venho mantendo uma posição de segundo lugar. Agora, porque teve uma pequena oscilação, as pessoas já tratam como o dado definitivo? Todo mundo fica falando sobre isso? Se Deus quiser, estaremos no segundo turno”, acrescentou a candidata, de acordo com informações do jornal O Globo.


A entrevista, que será levada ao ar pela Rede Gênesis na próxima segunda-feira, 17 de setembro, às 13h30, teve perguntas também sobre a situação de seca no Nordeste brasileiro, e Marina propôs seguir os projetos em andamento: “É preciso concluir a transposição. Vamos fazer uma auditoria e punir todos os culpados pelos casos de corrupção, para garantir a conclusão da transposição. Vamos fechar o dreno da corrupção das obras não concluídas”.
Bolsonaro

Após a entrevista, Marina participou de uma caminhada com eleitores no centro de Brasília, no calçadão da rodoviária, e ao final do corpo a corpo com eleitores, fez críticas ao adversário na disputa eleitoral, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), líder das pesquisas de intenção de votos.

“A melhor forma de combater a violência e o ódio, é não deixando que tomem conta da gente. Estou viajando o país inteiro e muito bem recebida”, declarou.

“O candidato Bolsonaro teve sua proposta desconstruída por aquilo que ele mesmo pregava, a distribuição de armas. Imagine se aquele homem tivesse uma arma na mão? Bolsonaro estava com um forte esquema de segurança da Polícia Federal, dos PMs, da sua segurança pessoal e mesmo assim um homem com uma faca se aproximou dele e cometeu aquela inaceitável atrocidade”, acrescentou, distorcendo a proposta de revogação do Estatuto do Desarmamento, que não prevê “distribuição de armas”.

Marina também estendeu suas críticas aos grupos políticos que comandam o país desde a volta das eleições diretas: “Vejo na sociedade brasileira uma mobilização enorme para que as velhas estruturas do dinheiro, das mentiras dos marqueteiros, não prevaleçam. O que vai prevalecer é a consciência dos brasileiros. Eu sei que há pressa de alguns para dizer que o projeto que não é da velha política, do PT, do PMDB, dos grupos que são contrários à Lava-jato, que os brasileiros não viabilizarão uma proposta altiva, alternativa à corrupção, à incompetência que levou o Brasil para o buraco”, finalizou.

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