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Igreja evangélica progressista faz cultos dentro de bar no RJ



Há cerca de dois meses um bar no Largo São Francisco da Prainha, região portuária do Rio de Janeiro, se tornou o espaço onde a “Nossa Igreja Brasileira” realiza seus cultos.


Liderada pelo pastor Marco Davi, 52 anos, a denominação passou por outros espaços como a Igreja Batista Memorial Tijuca, o Instituto de Pesquisa da Culturas Negras (IPCN) e um outro bar localizado na Lapa.

Além do ambiente, outra grande diferença da denominação é a mensagem, sempre focada em questões sociais. “E o nosso discurso é progressista também, fala dos ancestrais e da questão da mulher, o que não é comum nas igrejas evangélicas. Nosso desejo é que a cultura brasileira seja a nossa identidade”, disse o pastor ao jornal O Globo.

Formado por 80% do público de negros, as canções entoadas nas reuniões acabam seguindo os ritmos de origem africana. Um dos cânticos citados pelo jornal fala sobre negros e brancos comendo no mesmo prato “na nova terra”, que seria o céu.



“Na nova terra, o negro não vai ter corrente e o nosso índio vai ser visto como gente; na nova terra, o negro, o índio e o mulato, o branco e todos vão comer no mesmo prato”, diz um dos cânticos entoados ao som de violão e batucadas no atabaque.

A igreja tem feito os cultos no bar por conta do valor baixo cobrado pelo aluguel: apenas R$ 100. Raphael Vidal, dono do bar, conta que conheceu o pastor numa mesa de bar, bebendo, comendo e curtindo um samba.

“Conheci o pastor quando ele estava numa mesa, bebendo, comendo, e curtindo um samba. Já estive presente duas vezes como ouvinte e gostei muito da perspectiva dele da leitura da Bíblia. Vi uma oficina de abayomi [bonecas africanas] e fiquei surpreso”, relatou o empresário ao jornal O Globo.

JM Noticia

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