Lamentável ver os servidores públicos sendo penalizados por anos de má gestão e desonestidade administrativa.
É inegável que o Estado do Rio Grande do Norte vive uma situação caótica desde as áreas mais básicas, o que gera a necessidade de se pensar em medidas alternativas para controlar o problema a curto prazo e um planejamento socioeconômico para médio e longo prazo.
Até ai, tudo bem. O problema é quando a única solução apresentada contraria a lógica e a matemática, para tirar da conta de quem já tem pouco: o trabalhador.
Como se não bastasse a falta de condições para se oferecer um trabalho decente e os constantes atrasos salariais de algumas classes, agora, fala-se em demissão de servidores públicos, suspensão de concessão e pagamento de licenças prêmio, extinção de quinquênio, aumento da alíquota da previdência de 11% para 14%, etc. como fórmula milagrosa de solucionar o rombo da má ingerência política.
Demitem-se 86 servidores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, efetivados por lei estadual desde 1994, cuja aprovação não foi de responsabilidade de tais servidores. Em contrapartida, esquecem-se das dívidas das empresas, das sobras dos outros poderes...
A lógica e a matemática não batem, mas a história vem se repetindo por anos: o lado mais frágil sofrendo e tendo nas suas próprias mãos o poder de mudar tudo isso.
Ponho-me a disposição de todos os servidores públicos para caminharmos juntos, unidos, e darmos o primeiro passo para um futuro mais justo e igualitário.
Diario de Grossos
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