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Clorisa Linhares e corregedor-geral do RN discutem Segurança Pública no estado


O ex-secretário de Defesa Social do Rio Grande do Norte e atual corregedor do Ministério Público, Anísio Marinho, recebeu a visita da vereadora e pré-candidata ao Governo do Estado, Clorisa Linhares (PSDC) para passar um pouco de seu conhecimento de segurança pública à parlamentar, que interessada em conhecer a realidade em diferentes setores da administração para futuros planejamentos, tem visitado autoridades e colhido informações.

O também ex-procurador-geral de Justiça do RN, atuou como secretário do governo Fernando Freire entre 9 de agosto de 2001 a 31 de dezembro de 2002. Durante a conversa, explicou quais são, em sua opinião, os principais desafios que têm travado a melhor atuação das forças policiais potiguares. A princípio, Anísio criticou a falta de integração entre a Polícia Civil, a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep).

“Eu só acredito em Segurança Pública como sistema; as forças operativas precisam estar integradas juntamente à sociedade. É preciso haver uma unificação das polícias. Não podemos continuar com duas polícias. É preciso colocar todos para estudar na mesma sala e receber o mesmo conhecimento. Ao final do curso, o agente escolheria que tipo de policial seria. O policial tem quer apto a prestar socorro e defender a sociedade. Isso não ocorre também pela vaidades dos comandos, porque se unificar, só vai haver um chefe. É algo que o Congresso Nacional não enfrenta por conta dos lobbies, que são muito organizados”, avaliou.

A vereadora Clorisa também sugeriu que uma melhor utilização da tecnologia poderia ser feita para ajudar nas diligências policiais. O corregedor Anísio Marinho concordou. “A tecnologia que há disponível é para ser usada em prol da sociedade. A polícia já prendeu e liberou criminosos de alta periculosidade por não ter como consultar um banco de dados nacional”, disse ele.

Outro ponto criticado por Anísio é a má utilização de recursos para a preparação dos agentes. Para ele, há muito se investindo no desnecessário. “O Brasil não precisa injetar dinheiro mais na qualificação dos comandantes, eles já estão muito bem qualificados; o dinheiro precisa ser colocado nos policiais, cabos, soldados, sargentos. Porque quando chamam os agentes para uma ocorrência, quem vai é o soldado. Não se pode deixar esse soldado depauperado. É preciso assegurar as provas, encaminhar a vítima, coleta de dados do crime, e fazer diligências para prender o criminoso, mas nada disso é feito, porque ele não tem preparação para isso, e aí vai chamar os comandos para resolver”.

Ainda segundo o corregedor-geral do RN, mais um fator que contribui para a deficiência na Segurança Pública é a falta de organização dentre todas as pastas do governo. Para o setor da segurança, de acordo com Anísio, não há recursos “carimbados”.

“Na época em que eu era secretário, ia para reuniões e via que a secretaria de Saúde tinha seu orçamento próprio, que a Educação também tinha… mas a Segurança não tinha orçamento assegurado. Os secretários brigavam na mesa pelo orçamento da Segurança. É preciso que isso mude, porque o secretário precisa saber quanto possui”, disse.

Para a vereadora Clorisa, “a violência instalada em nosso estado é grave, todo mundo acaba pagando a conta, independentemente da situação financeira, e darei minha contribuição; tudo o que eu puder fazer pelo meu município, farei”, disse ela.

“A solução é essa: temos que construir, ouvindo, dialogando e procurando encontrar pessoas que têm mentalidade semelhante, aproveitando as boas práticas”, conclui Anísio em resposta.

Fonte: Agora no RN

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