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CGADB: qual deve ser o critério da escolha?


Fotos do Google- Não se tem na história bíblica a sequência de sucesso de pai para filho. As raras exceções fazem parte da Velha Aliança, que previa possessão da ‘Terra’ Prometida e preparação de um povo separado, para dele, nascer Jesus.


Estão nessa exceção, o plano divino dos Patriarcas. No caso dos reis, ou o pai desagradava ao SENHOR ou o filho. Entre os sacerdotes temos casos exemplares. O de mais destaque foi o de Eli. Seus filhos foram um desastre, literalmente.

A salvação foi Samuel, do hebraico Shemu’el, literalmente ‘seu nome é Deus’ e ‘Deus ouve’. Foi um ex-aluno da escola de profetas da época – a mais destacada estava em Gilgal (2Rs 4) -, com o privilégio de morar com o homem de Deus.

Depois disso, registramos casos ímpares, como Davi e Salomão, mas com focos diferentes e um final infeliz do segundo rei de Israel.

Foi o início da introdução de deuses entre o povo. Em princípio, Salomão foi tido como a melhor solução. Entretanto, o próprio Salomão, sabiamente alerta: ‘Há caminhos que ao homem parecem direito’.

A escolha humana foi fatal: ‘Visto que não guardaste o nosso acordo e não obedeceste às minhas leis, tirarei o reino das tuas mãos e da tua família e dá-lo-ei a outro’ (1Rs 11).

No sistema eclesial, visto na própria história da Igreja, como dos pioneiros das primeira, segunda e terceira levas das ADs, não existiu esse tipo de sequência, como um legado de família ou monárquico. Também não segue a herança levítica.

Embora um tanto desnorteado atualmente, o ministério cristão é formado por pessoas vocacionadas pelo SENHOR, chamadas não por valor, mas por amor; não por profissão, mas por vocação. Apóstolo Paulo demonstra gratidão a Deus por dar-lhe o ministério (‘pondo-me no ministério’), honra dada por Deus e não tomada ou outorgada pelo homem (Hb 4.5).

A REAL OPOSIÇÃO

Estamos às vésperas da eleição da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Dia 9 de abril, ocorrerá a escolha do novo líder do maior Concílio cristão do Brasil. Todos os candidatos tem perfil assembleiano e fazem parte praticamente de uma mesma época histórica.


Essa admissibilidade de rodízio de líderes é saudável, inteligente e boa, além de projetar novos aspirantes e igualar oportunidades. Ainda possibilita que a estrutura da Igreja funcione como projetada pelo SENHOR, resguardando as condições espirituais, equidade, brio e vida piedosa.

Por isto propus, há cerca de 10 anos, para a reforma dos estatutos da CGADB, a paridade com mandatos eletivos seculares, passando de dois para quatro anos, e somente uma reeleição.

Não obstante a proibição judicial de um dos candidatos, por abuso de poder de influência, José Wellington Junior, diante da presidência do Conselho Administrativo da CPAD, segundo cargo mais concorrido da CGADB, todos são capacitados.

Só pelo fato de expor-se a um público crítico, exigente e que pede lisura e caráter bem acima de média humana, já é ousadia.
PASTOR TARDIM
CICERO TARDIN


Não posso falar de pastor Cícero Tardim. Não o conheço o bastante para tal. Penso ser um ótimo candidato, com o brio que a função exige. Jamais ouvi alguém falar algo que pudesse denegrir a sua imagem.

WELLINGTON JÚNIOR

Pastor Wellington Júnior, o filho que tem o voto decisivo da dedicada mãe de uma família exemplar e de sucesso, tem qualidades inquestionáveis.

Sempre à sombra da frondosa árvore do pai (foto abaixo), uma fortaleza implacável e reconhecida, Duéto, como é conhecido pela família e pelos mais íntimos, cresceu acima de todas as médias.
J W 2


Recebeu de seu pai e pastoreia uma das maiores ADs da Grande São Paulo, Guarulhos. É um dos líderes da Confradesp, além de estar acima de homens com histórico de vida, representação espiritual, experiência, testemunho e idade de bispos, verdadeiros presbíteros, pastor de pastores.

Teria todos os quisitos exigidos ao cargo. Wellington Júnior tem um hercúleo compromisso com o histórico de seu pai e a pressão desse grupo.

Embora retire um pouco de sua autonomia e, portanto, o poder de decisão, seu nome é forte, não obstante estar judicialmente impedido de disputar a eleição.

SAMUEL CÂMARA
samuel camara 3


Pastor Samuel Câmara é um dos candidatos. Já foi vice-presidente da CGADB, e disputou outras vezes com pastor José Wellington, pai de Wellington Júnior, há quase três décadas como presidente da entidade.

Samuel foi discípulo de homens de representação e liderança assembleiana de reconhecimento no cenário nacional.

Um deles é o saudoso mestre e honrado pastor Alcebíades Pereira Vasconcelos, destacado em todo o Norte; pastor-doutor João Kolenda Lemos, diretor-fundador da Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (Ibad). Não convivi com homem tão sábio, conhecedor da Palavra, mestre e piedoso; e pastor Firmino Gouveia, que o convidou para assumir a primeira igreja das Assembleias de Deus no Brasil, em Belém, no Pará.

Sem quebra de dúvida foi a segunda maior honra de pastor Samuel. A primeira, foi a de ter sido aceito pelo Ibad, como aluno, embora fosse menor de idade, aos 16 anos. Antes de voltar ao Norte, pastor Samuel foi convidado a ministrar no próprio seminário. Após formar-se em Pindamonhangaba, licenciou-se em Pedagogia, Filosofia e Direito.

Depois de voltar ao Amazonas, Samuel Câmara trabalhou com pastor Alcebíades e, posteriormente, recebeu a igreja em Manaus, do próprio pastor Vasconcelos.

Por fim, a convite de pastor Firmino da Anunciação Gouveia teve a honra de pastorear o Estado onde os pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren plantaram a Assembleia de Deus, em junho de 1911.

Obviamente que nada disto foi por acaso, mas a indicação de que o SENHOR sempre quis honrá-lo. A compreender isto, acima de interesses humanos, vaidade, de poder e de grupos, não sou eu quem vai enfrentar a suprema vontade divina por este nome: Shemu’El!

Por Antônio Mesquita

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