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Nova secretária de mulheres é evangélica e contra o aborto

Na última terça-feira (31), foi apresentada a nova gestora da Secretaria de Políticas para Mulheres, Fátima Lúcia Pelaes. Ex-deputada federal pelo PMDB-AP e socióloga ela declara a fé protestante e já se manifestou contra a legalização do aborto em algumas oportunidades, como em um depoimento na Câmara Federal em 2010 e também em uma entrevista ao jornal "Mensageiro da Paz", publicado pela editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), em 2013.
A postura da nova secretária tem chamado a atenção dos parlamentares e também da mídia, por ser 'destoante' do posicionamento de suas antecessoras com relação ao assunto [legalização do aborto] que incita debates acalorados.
Apesar de suas opiniões pró-vida, adotadas por ela atualmente, Pelaes revelou em sua entrevista, concedida em 2013, que durante seus 11 anos de mandato como deputada federal (1991 a 2002), chegou a ser uma defensora da legalização do aborto.

"De 1991 a 2002, exerci três mandatos de deputada federal. Nesse período, como ainda não conhecia Jesus Cristo, defendi bandeiras de lutas contrárias aos valores bíblicos, como, por exemplo, a defesa do aborto, por entender, naquela época, que a mulher era 'dona' de seu corpo, não conseguindo enxergar que ali há uma vida", relatou.
"Defendi, veementemente, o Projeto de Lei 1135/91, que visava a descriminalizar o aborto no Brasil. Além disso, não via a família como um projeto de Deus e cada um deveria constituí-la como bem entendesse".
Presidente do núcleo feminino do PMDB, a ex-deputada, foi escolhida pelo atual presidente em exercício, Michel Temer, após sugestão da bancada feminina da Câmara.
Durante a gestão de Dilma Rousseff, a Secretaria de Políticas para Mulheres tinha status de ministério, mas atualmente é subordinada ao Ministério da Justiça e Cidadania.
Testemunho na Câmara
Em outra oportunidade, Pelaes também teve a oportunidade de se posicionar contra o aborto na Câmara Federal, em 2010, durante uma discussão do Estatuto do Nascituro.
Fátima contou que ela própria foi gerada a partir de um "abuso" que sua mãe sofreu enquanto estava presa "por crime passional".
"Hoje estou aqui podendo dizer que a vida começa na hora da concepção sim", afirmou Pelaes, expressando gratidão pelo fato de sua mãe, mesmo tendo sofrido um abuso, decidiu não realizar um aborto.

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